O cidadão costuma “viralizar” tragédia e não se dar conta da importância de ações coletivas que as impedem! A notícia de hoje é sobre isso.
No último sábado, as redes sociais circularam inúmeros vídeos do incêndio no Distrito Industrial II, em Guaianás, que eliminou em torno de 23 hectares de vegetação de cerrado, conforme relatório preliminar da Defesa Civil de Pederneiras.
Controlado o fogo, mata em cinzas, o relatório técnico identifica em si mais um caso de incêndio iniciado “à beira da estrada”. Aa chamas se alastraram facilmente com a combinação de estiagem prolongada, forte calor, vento e vegetação seca.
O que chamou atenção nas redes foram as labaredas e a densa fumaça que novamente interditou a rodovia Bauru-Jaú.
Mas o fato é que a ação de brigadistas de empresas, em conjunto com ajuda operacional de usinas e a Defesa Civil é que evitaram a propagação das chamas (que invadiram do outro lado da rodovia) e a explosão de fábrica com milhares de litros de àlcool e outros inflamáveis (como detergentes) em estoque ou em produção. Pelo menos dois caminhões-tanque com àlcool foram retirados do galpão. Os insumos da fábrica provocariam explosão se antigidos.
O relatório da Defesa Civil de Pederneiras, por Sílvio Aparecido Bueno, traz os dados relevantes:
“Ao chegarmos no local constatamos que o inicio de incêndio se deu em um ponto as margens da estrada Municipal PDN-243, Estrada municipal Faustino Sanches, estrada rural bastante movimentada.
O combate ao incêndio contou com o empenho de 6 Bombeiros militares, 12 agentes da Defesa Civil de Pederneiras, diversos brigadistas da empresa Tangarás, 2 agentes da defesa civil de Bauru, 8 funcionários da concessionária Eixo, 3 funcionários da Semma Bauru.
No local foi montado um gabinete de crise. Foram empenhados os seguintes caminhões tanques para o combate ao incêndio: dois caminhões do Corpo de Bombeiros, um da Empresa Tangarás, um Caminhão da concessionária Eixo, um da Semma de Bauru, um caminhão da Agrodoce e dois caminhões da Prefeitura de Pederneiras.
Foram utilizadas 4 viaturas da defesa civil de Pederneiras, 1 viatura de Bauru, 2 ambulâncias de Pederneiras, 2 ambulâncias de resgate e 5 viaturas da Eixo.
O combate ao incêndio se estendeu por 6 horas. As intoxicações ocorreram aparentemente em função dos gazes provenientes do incêndio
florestal – já que não constatamos a queima de produtos químicos.
Diante do ocorrido e com base nos estudos realizados in loco solicito aos proprietários da empresa Tangarás Indústria e Comércio que providencie aceiro com largura suficiente para impedir a propagação de chamas entre a copa das
àrvores – de forma a proteger a área de preservação permanente.”
O fogo não atingiu a Reserva Florestal de Pederneiras.