COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 145 Em Bauru, 1.700 pessoas receberam “xepa” da Covid; e Botucatu terá vacinação em massa em estudo do Ministério da Saúde

N. 145 EM BAURU, 1.700 PESSOAS RECEBERAM A “XEPA” DA COVID; E BOTUCATU TERÁ VACINAÇÃO EM MASSA PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE 

 

DA XEPA

Em torno de 1.700 pessoas em Bauru já receberam vacinação das sobras da Covid, cujas doses precisam ser utilizadas após o frasco aberto. Com isso, são 3.400 doses da chamada “xepa”. A informação foi discutida em reunião da Comissão de Fiscalização, por iniciativa do vereador Eduardo Borgo.

A reunião discutiu a ocorrência de 4 imunizações irregulares na UBS da Vila Falcão. O secretário Municipal de Saúde, Orlando Costa Dias, e o diretor do Departamento de Saúde Coletiva, Ezequiel Santos, prestaram informações.

AS SOBRAS 

Segundo Ezequiel Santos, as doses remanescentes são disponibilizadas aos profissionais da saúde que não estão na linha de frente de combate à pandemia e que estão cadastrados na Central de Agendamento. As pessoas dos grupos (por faixa etária) também podem receber a xepa.

A Comissão de Saúde vai averiguar a lista, o controle e os dados dos imunizados informados.

63 ANOS 

A aplicação da vacina contra a Covid-19 para pessoas com 63 anos começa nesta quarta-feira (28/04) em Bauru. Antes de procurar uma unidade de saúde, a pessoa deve fazer o agendamento no site da Prefeitura de Bauru. A vacina estará disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Saúde da Família (USF) e Promai. Apenas as UBSs da Vila Falcão, Geisel e Mary Dota não aplicam vacina.

MAIS DOSES
Para a vacinação dos idosos com 63 anos, a Secretaria de Saúde recebeu 3.880 doses da vacina AstraZeneca/Oxford, enviadas pelo Estado, após repasse do Ministério da Saúde.

Os idosos com 64 anos ou mais que ainda não tomaram a primeira dose também podem fazer o agendamento e receber o imunizante.

A ETE 70%

O cronograma da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Distrito apresentado pelo governo, em audiência pública, prevê que a empresa COM Engenharia entregue os pontos definidos na última revisão do contrato (nesta fase) que equivale a 70% do projeto inicial.

Ou seja, conforme o governo, os 30% restantes serão licitados, com início deste procedimento até o final do ano. A previsão para concluir a obra, em si, é abril de 2023. Até lá, entretanto, o governo não pode deixar a obrar parar (para não correr risco de devolução de verba à União), ajustar os acertos desta última etapa com a COM (atual contratada) com a Caixa e convencer os ministérios público Federal e Estadual dessas decisões.

E A FISCALIZAÇÃO?

Ficou pelo menos um ponto importante sem resposta da audiência. O contrato para a empresa que faz a assessoria técnica e acompanhamento da obra (ATO) continuará valendo para os 30% restantes da obra?

O vereador Manoel Losilla, que presidiu a reunião, disse que este ponto de fato precisa ser esclarecido. Ele comentou, na audiência, que o contrato de ATO tem 15 meses de duração…

PERGUNTA

Pessoal, o CONTRAPONTO levantou (item a item) o que tecnicamente (informação de obra mesmo, descrição de engenharia) a COM Engenharia terá de entregar até dezembro. E, claro, o que ficará para a próxima licitação qaue terá de ser realizada.

Pergunta, na lata: INTERESSA ESSA INFORMAÇÃO A VOCÊS? Informem nos comentários (da coluna). Se houver volume de pedidos, publicamos nesta semana. De boa! Pode ser que para vocês este tipo de informação não interessa, ou é por demais específica. Ai,tudo certo… seguimos.

BOTUCATU

Foi informado via Ministério da Saúde que Botucatu terá todo o restante da população imunizada, em estudo técnico que será realizado com a Oxford/AstraZeneca. Ou seja, na região, é provável que a cidade da Serra da Cuesta seja a que, em breve, tenhas respostas mais rápidas para a queda consistente de novos casos e redução de mortes.

No Estado será Serrana (cidade paulista que já teve seus 18 mil habitantes todos com duas doses recebidas). O plano lá já está na fase de estudos dos dados.

BOLETIM 

Bauru atingiu 739 óbitos, com os 7 casos apontados no boletim oficial de terça a noite. Os hospitais públicos continuam com mais de 100% de lotação em UTI Covid, tanto em Bauru quanto na região. O HC também está lotado.

Apesar disso, é menor a procura de pacientes para serviços de retaguarda, no Pronto Socorro.

Nesta quarta-feira, a Prefeitura apresenta, em audiência pública, a descrição de todos os gastos com Covid, desde o início da pandemia até aqui. A audiência será transmitida pela TV Câmara Bauru.

GASTO ENERGIA DAE

Não é possível a redução do consumo de energia elétrica a partir da hipótese de não produção de água no horário de pico, após às 18 horas, nas condições atuais. Para isso, o sistema em Bauru tem de ter setorização (e não tem), telemetria (e não tem), controle de pressão da rede (e não tem) e relação adequada entre produção de água, consumo, distribuição e reservação (e não tem). Sem contar a equalização de perdas, que incide sobre os fatores acima.

Pra parar no pico (quando a tarifa é mais cara), teria, hoje, de desabastecer inúmeros bairros exatamente no horário em que as famílias estão “mais” em casa… Etc.. etc… Vamos aprofundar a questão. O Plano Diretor de Águas (PDA), que é lei, traz apontamentos pelo especialista Di Bernardo, um dos mais contratados do setor.

Mas em Bauru também há boas informações a respeito, entre conselheiros do DAE, técnicos da autarquia e profissionais com doutorado na Faculdade de Ciências da Unesp.

7 comentários em “N. 145 Em Bauru, 1.700 pessoas receberam “xepa” da Covid; e Botucatu terá vacinação em massa em estudo do Ministério da Saúde”

  1. Toda vez que leio sobre a xepa, mais tenho certeza da falta de controle e da bagunça instalada nesse governo. Falta vacina de manhã e sobra a tarde. Pra não estragar liga-se aos amigos do rei. Um jeito canalha de furar fila. Agora que vi o tanto.. quase duas mil pessoas, mais certeza ainda que a bagunça, atende a interesses

  2. Guilherme Berriel

    A produção de água do DAE não está com 100% da capacidade durante 100% do tempo. Me desculpe Nelson mas não concordo com essa afirmação de que não é possível parar a produção durante o horário de ponta. Realmente é mais fácil planejar a produção sem se preocupar com paradas obrigatórias como é realizado hoje. O horário de ponta representa 15 horas por semana ou seja 91% do tempo. Só que planejar 100% da produção em 91% do tempo requer um planejamento mais apurado, o que não acontece hoje. O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) permite os poços funcionarem no máximo 20 horas por dia. Todos os poços tem que descansar 4 horas por dia. Na minha empresa eu gasto de 0,7 a 0,8% do consumo de energia elétrica no horário de ponta. Toda a minha produção de gelo eu faço fora do horário de ponta há mais de 25 anos. E o gelo é muito mais sazonal que água.
    Quando você afirma que a parada no horário de pico irá desabastecer inúmeros bairros também discordo. Se às 18 horas todos os reservatórios de Bauru estiverem cheios representa mais de 50.000 metros cúbicos de água sendo que o consumo máximo da cidade é de aproximadamente 130.000 metros cúbicos por dia. Isso quer dizer que 50.000 metros cúbicos de água é suficiente para abastecer a cidade por 3 horas.
    O que não existe hoje é Planejamento Energético e Planejamento de Produção. Um exemplo o poço do Alphaville possui a Tarifa Azul com demanda contratada na ponta e fora de ponta. A bomba do poço funciona aproximadamente 8 a 10 horas/mês. Só de demanda contratada é mais de dez mil reais por mês. Como o consumo de energia é muito baixo, em torno de 1.000 kWh/mês. Se o poço estivesse na Tarifa Convencional (Baixa tensão), com o padrão de consumo que existe hoje economizaria mais de dez mil reais por mês. Posso lhe afirmar que o DAE não tem Planejamento energético e nem de produção.

    1. Caro Guilherme, obrigado pelo diálogo. A questão não é, com respeito, o modo operacional da bomba em si, ou dos fluxos de produção de água. O sistema atual não tem as ferramentas e elementos (setorização, controle de pressão, relação entre produção de água, demanda, reservação e distribuição) que permitam reduzir o gasto com energia. Na atual sistema, o DAE é refém do poço ter de funcionar a “torneira plena”. Alphaville é isolado. Sobre a tarifa, não há como alcançar a convencional se não se tem condição de “fugir do horário de pico”. Infelizmente. Isto está apontado por especialista que estudou o caso Bauru, está no PDA. E é posição também de especialistas da Unesp Bauru (em energia) e engenheiro com mais de 30 anos de Sabesp. Mostraremos a questão em matéria específica. Por fim, não entrei no mérito se DAE tem planejamento energético. Se há como reduzir a conta, o senhor faz bem em apurar. Mo atual sistema, não há como fugir do horário de pico (este é o ponto que abordo), pelos elementos citados e que não foram levados em conta em sua observação. Grande abraço!

      1. Guilherme Berriel

        Nelson me desculpe mas seus argumentos são fracos em relação a parada da produção no horário de ponta. Mostra total desconhecimento sobre como fazer o planejamento de uma produção. Eu também tenho especialização e mestrado em eficiência energética. Eu sei o que estou falando. E o fato de ainda não termos setorização, controle de pressão na rede e telemetria não tem relação nenhuma com a parada da produção no horário de ponta. O consumo de energia realmente não muda mas o preço pago pela energia muda substancialmente. Seus argumentos me mostram total desconhecimento da sua parte em relação a parte técnica.

        1. Caro Guilherme, você está enganado sobre pontos fundamentais do tema! Sua premissa está equivocada na origem. Setorização, controle de pressão e observação da relação operacional entre produção, reservação, distribuição e consumo têm relação direta com a possibilidade, ou não, da água ser fornecida (ou não), no horário de pico. Ao contrário do que você atesta. Sem contar a incidência de perdas sobre esses vetores. Ademais, salientamos que esta não é posição nossa. Como leigo, busquei especialistas na área. Sugiro a leitura atenta do PDA. O sistema atual é refém da ausência de gestão dos fatores elencados; evidentemente, o DAE falha. Mas sua observação sobre a possibilidade de parada do fornecimento no horário de pico na atual realidade do sistema não tem sustentação. Mas apreciamos o bom diálogo. Agradecemos suas observações. Trarei matéria específica sobre o tema, com especialistas. Fique à vontade para trazer ponderações. CONTRAPONTO é isso! Grande abraço!

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