N. 146 SALDO DE EMPREGOS POSITIVO COM 752 VAGAS NO TRIMESTRE. EMPRESA DA ETE É DENUNCIADA POR DISTRIBUIR MARMITA RUIM
SALDO DO CAGED
Bauru segue com saldo positivo no confronto entre empregos gerados e perdidos no primeiro trimestre. Conforme o Caged, Bauru teve 13.782 admissões de janeiro a março deste ano, contra 13.030 desligamentos no mesmo período.
A evolução, mês a mês, dos dados mostra janeiro tímido, mas positivo, fevereiro bem melhor (com 144 vagas a mais criadas) e março ruim (negativo em 46 postos com carteira assinada). A questão dessa divulgação oficial é que os números não identificam movimentos específicos, como a migração de vagas de um setor para o outro, por exemplo.
Mas dá para saber que o comércio fio o setor com pior desempenho no trimestre, com perdas de 228 vagas na cidade, a área de serviços praticamente “empatou” entre admissões e desligamentos, a indústria teve crescimento com 382 vagas abertas e na construção civil os resultados foram os melhores, com 569 postos a mais da diferença entre perdas e ganhos.
MOSCA NA MARMITA
O vereador Júnior Rodrigues reiterou na sessão legislativa, da segunda-feira, que a empresa COM Engenharia, responsável pelos trabalhadores que atuam nas obras da ETE do Distrito, estaria falhando na qualidade da alimentação fornecida no local.
Conforme o vereador, já havia sido denunciado pelo Sindicato dos Servidores a qualidade considerada ruim das marmitex fornecidas aos trabalhadores na ETE. Agora, conforme o vereador, os empregados voltaram a rejeitar a marmita entregue na semana passada. Foi citado a localização de mosca em um marmitex…
A administração retornou que a responsabilidade pelo fornecimento e garantia da boa alimentação é da contratada…
CEI DO PDA
Aprovada em sessão para apurar o que não foi feito (e por que) no Plano Diretor de Águas (PDA), a CEI que tem como presidente Estela Almagro e relator Guilherme Berriel Cardoso já tem um capítulo a mais para depurar: a eficiência energética do sistema em Bauru.
O próprio relator já fez apontamentos em relação ao assunto. Conforme Berriel, o levantamento das contas de energia de todos os 35 poços profundos (além da ETA) traz indicativos de redução no consumo de energia em algumas unidades.
Na semana passada, a citação foi do sub funcionamento do poço Alphaville. Sobre este ponto, o DAE retorna, via assessoria, que a unidade opera apenas 1 hora por dia, na média, mas sem possibilidade de desligamento para não interferir na regulação de distribuição de água no setor.
OUTRO POÇO
A Unidade de Produção (UP 18) – poço do Beija Flor também foi elencada. O vereador citou a ficha técnica do poço, posicionando que, em sua visão, para a vazão de 196 m3/h não é preciso operar com bomba de 150 hp (a uma profundidade de 196 m). O DAE retorna que a bomba deste poço já opera com 115 hp há dois anos.
De qualquer forma, a observação do relator merece verificação. O PDA foi entregue em 2014. Então, o poço pode ter operado com bomba com maior potência (e consumo) até 2019…. (?)
ENERGIA CONTRATADA
Além da avaliação de todos os itens descritos, ano a ano, item por item, no Plano Diretor de Águas (que o CONTRAPONTO levantou em resumo para você na reportagem O PLANO DA ÁGUA), a comissão composta por Guilherme Berriel (relator), Chiara Ranieri, Estela Almagro (presidente), Júlio César e Coronel Meira (membros) poderá chamar especialistas que atuam e atuaram no DAE, a empresa contratada para o estudo (PDA) e dirimir, em específico, o tema “eficiência energética”.
Engenheiro mecânico, Berriel levanta que a “demanda contratada” de energia elétrica para o funcionamento de poços pode ser reduzida. Ele cita que, no caso do Poço Beija Flor, a “quantidade” contratada poderia ser 3 vezes menor, gerando economia de algo próximo de R$ 2 mil mensais nesta unidade.
POSIÇÕES DO DAE
Sobre isso, o DAE retorna que técnicos analisam as demandas com a CPFL (concessionária). Mas a autarquia pontua pela possibilidade de revisão. Na posição do relator da CEI “é desperdício de dinheiro público”.
O DAE não tem o mesmo entendimento, de outro lado, para a possibilidade de desligamento de bombas durante o horário de pico (entre 18 e 21h). Segundo a autarquia, isso geraria desabastecimento em regiões da cidade. A relação entre produção de água, reservação, distribuição, perdas físicas e consumo não permite, em linhas gerais, esta alternativa, conforme o DAE. Mas a presidência mostrou disposição em dialogar sobre o assunto.
INSTALAR NO HC
A Secretaria Municipal de Saúde pediu ao governo do Estado a cessão de um andar (dos 13 existentes no Predião do HC) para levar para lá o Centro de Moléstias Infecciosas Sexuais. O vereador Edmilson Marinho apontou o tema durante a sessão. A Mesa Diretora informou que protocolizou a solicitação junto ao governo do Estado, recentemente. Se não for liberado um “andar do HC”, o pedido é para áreas ociosas no Lauro de Souza Lima.
ROJÕES E ESCAPAMENTOS
Outros dois assuntos da sessão: a possibilidade de lei pelo Legislativo para disciplinar o uso de escapamentos em motos em Bauru. Há aumento nas reclamações e fiscalização falha, levantou Berriel, por exemplo. Meira ponderou que a fiscalização pela polícia exige a abordagem do infrator. Ele anunciou projeto de lei tratando da questão dos rojões (com vedações para o uso na cidade).
Já Chiara lembrou que, finalmente, o tema dos escapamentos poderá ser aceito como de iniciativa parlamentar. A vereadora anunciou apresentação de projeto de lei neste tema.
BOLETIM COVID
O boletim Covid divulgado nesta segunda (que traz o acumulado dos últimos dias), apresentou total de 764 mortes (com mais oito óbitos informados). Com mais um caso de paciente que não resistiu a espera por UTI, enquanto aguardava internação junto ao Estado, são 72 mortes de pacientes durante atendimento de retaguarda no Pronto Socorro até aqui.
BATEU, LEVOU
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, compareceu a Câmara dos Deputados para dar explicações sobre as ações no controle de desmatamento, queimadas, comércio ilegal de madeiras, problemas com a abrangência e eficácia da fiscalização federal, etc…
Mas foi no seu estilo do “ataque é a melhor defesa”. Salles partiu para ironias e distribuição de questionamentos a parlamentares mais “ácidos” contra sua atuação. Não poupou o bauruense Rodrigo Agostinho.
Depois de ouvir indagações do deputado bauruense, Salles incluiu Rodrigo na lista de “contra-ataque”. Voltou a citar como legado de Rodrigo a indenização de R$ 34 milhões gerada em seu governo na “floresta urbana” e criticou que Agostinho é “ambientalista de palanque” (com destinação reduzida de emenda parlamentar para o setor que representa).
A estratégia do governo, inclui, a distribuição do vídeo, expediente utilizado pelo bolsonarismo contra adversários com frequência. Não houve tempo hábil para ouvir Rodrigo, à noite. Mas sua resposta está, desde já, posicionada. É só enviar para o CONTRAPONTO.
Nossa, dá impressão que Bauru está cheio de problemas que estão se acumulando. Sem serem resolvidos.