COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 164 Mortes por Covid atingem o dobro de 2020 em Bauru e funcionária acusa clínica em Arealva de fazer exames sem credenciamento na Vigilância Sanitária

N. 164 MORTES POR COVID SOMAM O DOBRO DE 2020 EM BAURU. EM AREALVA, FUNCIONÁRIA ACUSA CLÍNICA DE REALIZAR EXAMES SEM CREDENCIAMENTO JUNTO À VIGILÂNCIA SANITÁRIA 

 

ESCALADA DE MORTES

O número de mortes por Covid em 2021 é o dobro (até junho) de todo o ano de 2020. O boletim da Secretaria Municipal de Saúde da quarta-feira (02/06) informa 898 óbitos nesta véspera de feriado. De 20 de março a 31 de dezembro de 2020, o total foi de 299 bauruenses com registro de óbito por Covid.

Mas o boletim traz, ainda, 10 mortes em investigação (para confirmar a ocorrência pelo vírus). Com isso, de janeiro a junho deste ano, a escalada da pandemia em Bauru atinge o equivalente a 908 vítimas fatais, em decorrência dos ‘estragos’ que o vírus faz ao acessar o organismo humano.

ALERTA!!!

A gestão com base no “abre e fecha”, com flexibilização de acordo com o que permite o Plano SP, não é capaz de conter o avanço da doença. De outro lado, repetimos aqui que, desde o início do ano, a lotação de leitos para pacientes graves nunca descolou da saturação, com 100% (e acima desse patamar) de ocupação no HE (e também no HC).

Os 70 leitos UTI Covid disponibilizados não atendem, desde antes do final do ano, a demanda. Tanto que, somente em atendimento Covid no Pronto Socorro, 85 bauruenses já morreram, apenas neste ano, enquanto aguardavam uma vaga de internação para UTI pelo Estado.

Além disso, o governo paulista manteve Bauru com apenas 56 UTIs pra Covid desde o início da pandemia e até perto do final de 2020, mesmo sendo pressionado pela Promotoria da Saúde e com condenação exatamente pela negligência (de anos) na oferta de leitos hospitalares na cidade. Mesmo antes da Covid, Bauru nunca teve leitos para atender às outras doenças.

FISCALIZAÇÃO

A Prefeitura indica a preocupação com novo ciclo de aumento significativo de casos. Tanto que, nas notas enviadas à imprensa desta quarta, a administração informa que vai esticar o serviço da Ouvidoria até meia noite (neste feriado) e manter equipes de fiscalização durante o final de semana.

O funcionalismo vai fazer ponte (com ponto facultativo). Mas a fiscalização, segundo a prefeitura, será mantida. Contudo, apesar da veiculação desta escala, é sabido que o total de fiscais (e equipes, evidente) é desproporcional (para menos) para o alcance e “tamanho da crise sanitária”. E faz tempo!

Festas clandestinas (porque estão ilegais neste momento) se somam a encontros, jantares festivos e toda sorte de agenda nesta fase difícil, triste, da história da pandemia…

Argumente-se o que se quiser, e defenda-se o que for: NÃO HÁ LEITOS UTI para atender ao número de doentes! E a vacinação não vai chegar a pelo menos 75% das pessoas a tempo de salvar, pelo menos, mais pessoas…. Não agora… Infelizmente!

É alarmante o número de pessoas cada vez com menor idade (abaixo dos 60 anos) em estado grave e entre registros de óbitos. E toda semana os registros trazem casos de mortes de pacientes sem doença pré-existente (sem comorbidade)….

Mas o comportamento de uma boa parcela da população é na direção do risco!

TESTE CLANDESTINO?

Enquanto festas são realizadas no território de cidades vizinhas, pra fugir da Polícia em caso de denúncia, como entre Bauru e Pederneiras (mas do ‘lado de lá’ da divisa), em Arealva a Vigilância Sanitária foi acionada para inspecionar a denúncia de Camila Cristiane da Silva de que a Clínica Sonshine (de Reabilitação de Pacientes com Dependência Química e Álcool) estaria realizando testes para Covid sem credenciamento.

A denunciante é funcionária da Clínica. Ela levou à Polícia que houve desentendimento com a proprietária da empresa, Vanessa Castro de Souza. Esta também denunciou agressões em boletim de ocorrência. Camila apontou ferimentos no corpo (IML). A Delegacia Civil apreendeu agenda da funcionária, com informações, segundo ela, de que a realização de testes estaria ocorrendo de forma irregular, sem o credenciamento vinculado a laboratório.

Foram apresentados pela funcionária registros de pacientes, emails, pagamentos de compra de exame Covid de fora de Bauru (Biomédica) e diálogos, em relação à denúncia. A Vigilância Sanitária de Arealva informou que não há credenciamento da Clínica para realizar o serviço de testes Covid através do laboratório informado.

Contatamos a proprietária, mas não obtivemos êxito nas ligações.

ILUMINAÇÃO

No material de divulgação da entrega de uma parte do piso do parque Vitória Régia, cujas obras foram iniciadas ainda em agosto de 2020, a administração informou que a iluminação pública do local terá lâmpadas de LED, mas com especificação para durar 10 anos (e não 5 anos, como foi detectado na entrega do material pela vencedora da licitação).

Segundo a Secretaria de Obras, através do titular Leandro Joaquim, está sendo chamada a segunda colocada para resolver o impasse, o que inclui pontos de IP na Avenida Nuno de Assis.

PREJUÍZO FUNPREV

A presidência da Funprev confirmou, em audiência pública, que houve prejuízo no investimento de título imobiliário, neste ano. A cotação do papel invadiu o valor principal aplicado. A fundação ficou de apresentar informações, em detalhe, sobre o ocorrido, conforme apontamento em audiência.

E a “apuração da fraude” em conta, através de saque ilegal registrado pelo Bradesco? E ai Conselho Fiscal da Funprev? Alguma informação, atuação? No papel, o que se tem é o caminho do arquivo…. sem inquérito policial, inclusive.

PL DO CERRADO

Não está sendo localizado, na Assembleia Legislativa Estadual, projeto de lei assinado pelo deputado Ricardo Madalena com o objetivo de alterar (flexibilizar) a lei do cerrado, de 2009. O parlamentar veio a Bauru e concedeu entrevista com esta informação.

Depois, foi divulgado que a proposta teria sido barrada por vício de iniciativa em comissão da Alesp. (Só poderia ser assinada pelo governador)… Bom! Se for esta a questão, também estará prejudicado projeto, na mesma direção, anunciado como de autoria da deputada Valéria Bolsonaro… Este PL, sim, consta dos registros…

CUSTA O DOBRO

A pandemia mantém, de um jeito ou outro, uma pendência administrativa (e jurídica) na prateleira, mas que cedo ou (mais) tarde terá de ser enfrentada: a posição contrária à contratação de de coordenadores de modalidades esportivas por indicação (de confiança).

Juridicamente, a demanda está pendente. Sob o ponto de vista do custeio, o titular da Semel, Flávio Oliveira, aponta que a necessidade de concurso significa dobrar a despesa e reduzir à metade da carga horário de atendimento (na comparação com a situação atual).

Ele posiciona que o coordenador tem vencimento de cerca de R$ 1.500,00 para carga horária de 40h semanais. Mas o técnico de modalidade (cargo para a mesma função via concurso) teria o custo por profissional de R$ 3.000,00. E a carga horária é de 20h semanais….

VERBA PARLAMENTAR

O deputado federal Rodrigo Agostinho entregou, simbolicamente, à prefeita Suéllen Rosim o envio de R$ 6 milhões em emendas, transferências de equipamentos e subvenções a entidades, através de sua cota parlamentar, em Brasília.

De 2019 até aqui, em 3 anos de mandato, Rodrigo mantém a média de transferências a que tem direito para a cidade que administrou (e onde mora). São em torno de R$ 19 milhões, até este ano. Agostinho está percorrendo as entidades sociais que foram incluídas nos repasses. Com a prefeita, também, ficou acertado que um dos convênios será para pavimentar ruas do Parque Giansante.

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