COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 292 USP lidera time de especialistas de universidades paulistas e do Canadá e Japão para mapear as “águas de Bauru” e prefeita confirma que iluminação terá concessão

N. 292 USP lidera time de especialistas de universidades paulistas e do Canadá e Japão para mapear as “águas de Bauru” e prefeita confirmar que iluminação pública terá concessão

ÁGUAS DE BAURU

Conforme divulgamos aqui na sexta-feira, DAE e Prefeitura anunciaram hoje a celebração de parceria com universidades paulistas lideradas pela USP para mapear as águas subterrâneas e do Rio Batalha. O estudo aprofundado começa agora e vai durar 5 anos. O programa apresentado no auditório do Senai, no Centro, pela prefeita Suéllen Rosim e o presidente do DAE, Marcos Saraiva, é coordenado pelo doutor pela USP, o geólogo Ricardo Kirata. O “time” inclui Unesp, Unicamp, outros organismos como Cetesb, IPA, e integrantes do Japão e da Wateloo, do Canadá, entre outros.

MAPEAMENTO

Ricardo Hirata explica que o mapeamento está reunindo, desde já, todas as informações de campo e dados que o DAE já tem sobre suas unidades de produção, o Plano Diretor de Águas (PDA), outros estudos acadêmicos sobre o aquífero Bauru e também o Guarani e o rio Batalha. A “visão” mais objetiva é o assoreamento do Batalha, ao longo de seu curso e na Lagoa.

Mas os cientistas vão mergulhar na imensidão de dados possíveis dos aquíferos, uma riqueza que há anos desperta o interesse do mundo. As ações vão ser realizadas em cinco eixos. Além dos estudos dirigidos para os Aquíferos (Guarani e Bauru), a pesquisa inclui ações concretas no sistema, como realizar a técnica de recarga induzida das águas subterrâneas em ponto estratégico.

Para esta experiência, com apontamento de resultados e o que Bauru deve fazer (ou replanejar) sobre o uso contínuo de água potável, pelas próximas décadas, foi identificado, por exemplo, que o ponto geológico na região do Horto Florestal é a mais indicada para instalar e alimentar o sistema de indução de recarga em uma parte subterrânea de menor profundidade.

Mas os profissionais coordenados por Hirata também vão ter de perfurar poço, com aprofundamento de técnicas, inclusive novas modalidades ainda não usadas, na gestão operacional e de monitoramento do “mundão” de água que está sob os bauruenses.

CONTAMINAÇÃO

Outro eixo da pesquisa que vai se alastrar por 5 anos vai também aprofundar os dados sobre contaminação das reservas subterrâneas. Como se sabe, no Aquífero Bauru temos, há alguns anos, identificada a presença de contaminantes. O nitrato também preocupa.

Mas o ponto de alerta, talvez, esteja no levantamento de poços artesianos, sobre os quais a gestão e fiscalização, pelo DAEE, é frágil. Para Ricardo Hirata, Bauru tem situações parecidas como o de outras cidades, mas tem uma série de elementos de convergência que indicam caminhos. E este é o desafio da pesquisa, gratuita para o Município.

Diretora do Núcleo de Geociências do Instituto de Pesquisas Ambientais, Luciana Martin Rodrigues Ferreira, prefeita Suéllen Rosim, Marcos Saraiva (presidente DAE), doutor Ricardo Hirata (USP) e José Roberto Segalla, vereador

EUCALIPTO

Doutor pela USP, Hirata contou que já realizou estudos sobre plantações de eucaliptos, um elemento que vem chamando a atenção em Bauru e região pelo aumento, expressivo, da área plantada (sobretudo com a vinda da Bracell, em Lençóis Paulista).

Para o doutor e pesquisador, a cultura do eucalipto deve sim ser monitorada, dada sua extensão (expansão da área plantada nas zonas rurais das cidades do entorno). Mas ele não considera, como pesquisador, que a planta tenha de ser “satanizada”. “Como toda árvore plantada em volume, a extensão preocupa. Mas você pode tanto ter açudes que secaram pelas circunstâncias específicas em torno da presença do eucalipto e suas características quanto outros fatores incidentes. Tem prós e contras. Mas o mapeamento e o monitoramento técnico, sem achismo, tanto no campo quanto entre os empresários que usam da cultura, vão permitir o controle com convivência com o meio”, abordou.

CONCESSÃO DE IP

Em entrevista ao CONTRAPONTO, no evento, a prefeita Suéllen Rosim reafirmou que vai levar ao Legislativo a abertura da concessão para a iluminação pública. Na ordem do dia, entretanto, o processo da concessão do lixo está na frente – embora não tenha estudo aceito pela comunidade e nem lei que defina o custeio (a cobrança pelo investimento no tempo). A audiência pública para novos apontamentos para o futuro edital do lixo está marcada para este mês de abril (19/4).

Suéllen, nos próximos dias, está concentrando ações para garantir a instalação de até 14 mil lâmpadas LEDs, no acordo com o MP Federal, cuja obrigação é da CPFL (cumprimento de sentença). Depois, dsse, vai encaminhar a proposta da iluminação para concessão.

CONCESSÃO DA ESTAÇÃO

A prefeita também reafirmou que a recomposição da Estação Ferroviária será por concessão. Nesta fase, a prefeita disse que está atuando para que a União doe áreas para o Município implantar parque linear, piscinão e outros equipamentos previstos no projeto que está sendo levado para obtenção de recursos junto ao Estado (R$ 37 milhões, incluindo drenagem no Centro, na “bacia dos trilhos”).

“Fomos a Campinas conhecer o que fizeram e estão fazendo em uma Estação muito parecida com a de Bauru. Lá colhemos informações sobre todo o processo, com quem falar, onde, para que o projeto, de forma inteira, ande. Isso vamos integrar á proposta que vereadores discutem com o Estado. E preparar a concessão para a Estação”, comenta.

SHOPPING POPULAR

E o Shopping Popular no Centro, na quadra 1 da Praça Machado de Mello? “Não desisti deste projeto não. É que temos o parque linear e a drenagem que está avançando enquanto que as áreas municipais ao lado da Praça ainda não têm posse da Prefeitura. Assim que resolver isso eu retomo o projeto do Shopping Popular para aquela região central onde a revitalização depende de várias frentes. E temos ainda de definir como ajustar as verbas vinculadas da Educação neste processo. Mas vamos fazer”, posiciona.

CONTA DE “LUZ”

No dia em que se discute aumentar – sem necessidade – em 100% a cota destinada a investimento na cobrança da CIP (iluminação pública) através de lei já assinada pelo Executivo em tramitação desde ontem, em Bauru, a Agência Nacional (Aneel) autoriza à CPFL repor sua receita com a aplicação de quase 14% de reajuste! Haja bolso! Esgarçam o consumidor além do limite. E ainda pagamos a “tarifa vermelha” pela estiagem ainda do ano passado…

E que fique claro, sem misturar “estação”: o acordo tabulado pelo MP Federal para a companhia pagar pela sua sentença contra consumidores está posto. E definido! E na tabulação do acordo, evidente, estão todos os benefícios já elencados em reunião.

Mas será insensibilidade do governo elevar a fatia para investimento em lei na conta mensal que todos os consumidores já pagam junto ao boleto da CPFL – através da mudança do percentual destinado a investimento de 15% para 30%.

É injusto retirar do consumidor a redução, ainda que temporária, na conta da CIP para tentar “manter a receita”. A Prefeitura pela lei atual já cobra e continuará cobrando 15% (com teto de R$ 1,5 milhão) para investimento. E nem lâmpada na Nuno de Assis consegue instalar. Há mais de ano!!!!!

A CPFL está instalando a lâmpadas para cumprir condenação judicial. Aumentar o percentual a título de investimento vai iluminar a insensatez e passar a ideia, pela via indireta, de que o bauruense é quem ‘vai pagar esta conta’! Como resolver? Que saia o acordo, rápido. Mas com a lei mantendo os mesmos 15% como investimento, ao teto de R$ 1,5 milhão. Depois se discute como ficará a conta da eventual concessão.

Que se instalem as lâmpadas LED para o acordo. Ok! Esta é a opção majoritária, que está posta e sobre a qual fizemos, aqui, um diálogo com contraponto de mérito tarifário, técnico e econômico. Já está superada a questão!

Mas querer misturar investimento (com aumento pelo dobro inserido em lei) para fazer qualquer ligação para a futura conta de eventual concessão é mais do que absurdo! Quanto vai custar a concessão? Não sabemos!!

Que se garanta ao consumidor o direito de pagar pelo rateio da CIP (com as lâmpadas novas, LED), pelo valor real, da conta mensal para quase 49 mil lâmpadas que existem nas ruas e praças. E que se discute, no projeto e foro adequado, a adequação para a concessão….

Esta é nossa posição.

ARENA DO SESI

A instalação de mais 450 vagas de estacionamento, por conta do Sesi, junto à Arena com capacidade para 5 mil lugares não altera a limitação, atual, de público em até 1.800 lugares.

Esta é a posição do promotor de Urbanismo, Henrique Varonez. Para avançar na questão é preciso resolver o problema do acesso ao ginásio, aponta o promotor.

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