COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 453 As cartas do hacker, a “Palavra cantada” sob contraponto, fraldas na educação e debate sobre apagão

N. 453 As cartas do hacker, a “Palavra cantada” sob contraponto, fraldas na educação e debate sobre apagão

 

CARTAS DO HACKER

O jornalismo de apuração tem indigestão ao “control C+control V”. Além do que, apurar e sugerir reflexão é uma opção que também demanda tempo, garimpo… E dissabores! …

Mas, confesso, não imaginava que, no tempo da era tecnológica de dados, as cartas seriam novamente ferramenta de reportagem. E essenciais. O CONTRAPONTO publicou, com ineditismo, esta semana, matérias da sequência (chamamos de suíte no jornalismo) do caso da denúncia de que um hacker teria atuado contra Nélson Itaberá (jornalista editor aqui) e a vereadora Estela Almagro.

E o meio encontrado para avançar na apuração foi por cartas. Estabelecemos contato com uma fonte e conseguimos, na Sérvia (em Belgrado), que interlocutores levassem questões ao confesso pelos tais crimes, hacker Patrick Brito, e solicitamos que respondesse a indagações. Como ele está preso, o meio encontrado para comunicação foi por escrito.

Inusitado, o meio de comunicação (por correspondência) corre por fora da apuração policial e não entra na seara da demora no inquérito e do sigilo nos processos…

Em breve, novas informações a respeito… e também por cartas!

BLINDAGEM

Anotamos aqui, ainda sob o “calor” da denúncia do caso hacker trazida pelo vereador Eduardo Borgo, que duas estratégias estavam em curso, desde o início. Primeiro, anotamos o erro de Suéllen Rosim em dizer que não sabia de nada do caso.

Das estratégias, de partida veio a postura de integrantes do grupo da prefeita em buscar blinda-la do episódio. Assessores se apressaram a sair dizendo que o cunhado da prefeita (Walmir Vitorelli) – tesoureiro do partido presidido por Suéllen, o PSD – é que responda pelo que eclodir do caso.

Nos últimos dias, os mais próximos da prefeita trataram de reforçar a ideia de que Walmir Vitorelli seria “até” fritado, para que o caso não “queime” a prefeita junto a opinião pública. E foram inúmeras conversas. Em uma delas, o vereador Júlio César ouviu do pai da prefeita, Dozimar Rosim, exatamente isso. Uma tentativa de “lamentar” que o genro tivesse se enfiado nessa de contatar hacker (o que Walmir, inclusive, já confirmou em nota…)

O que não “caiu bem”, como parte da estratégia, é que quem redigiu a “nota de esclarecimento” para o cunhado da prefeita, Walmir Vitorelli, não agradou… Trouxe para dentro do caso a esposa, irmã de Suéllen, mesmo de forma colateral. Walmir, para quem não leu, disse que contatou o hacker para buscar resolver algum problema que a esposa teria sofrido em 2021… não disse o que seria…

Vão lhe perguntar isso também…. (agora já escreveu)… !

PALAVRA CANTADA

O governo Suéllen tem hoje mais um teste de confronto, no campo político. Depois de ver o relatório pelo engavetamento da CEI das Contrapartidas derrubado em plenário, com 11 votos contrários e apenas 5 favoráveis, será discutido e votado nesta segundona o relatório (também pelo arquivamento sugerido) do inquérito do kit Palavra Cantada.

Mas, antes da sessão, logo às 9h também desta segunda, também no plenário, a presidente da Comissão de Fiscalização, vereadora Estela Almagro, apresenta a conclusão do que apurou. E já é sabido que o documento é o oposto da relatoria da CEI.

O texto trará indagações contestando a não realização de licitação, a oportunidade e viabilidade do material, a inadequação pedagógica listada por profissionais do magistério, o confronto jurídico entre a compra direta junto a Editora Movimenta e o questionamento acerca da representante não ser a única a vender o conteúdo, o fato do conteúdo estar disponível sob outro formato, entre outros fatores…

INDIGESTÃO

O episódio do hacker criou muito além de dissabores no grupo do governo bauruense, já o desastroso “dossiê” contra Coronel Meira também gerou cicatriz de relacionamento, a canetada no caso da área do Paquinho (favorecendo a concessionária ViaRondon e significando, ainda, o “lava mãos” da prefeita aos defeitos nas obras da marginal da Rondon) gerou trombada com o ex-líder Marcelo Afonso…

O relacionamento ficou mais doloroso, rude, inaudível em mais de uma frente. Em política, arrogância e pouco diálogo já causam prejuízo. Muito mais quando alguém não costuma frequentar a casa alheia “de boa”. Mesmo que se pague aluguel! Trombadas chamam a atenção e esses ruídos saltam por cima dos muros de condomínio…

FRALDAS NA EDUCAÇÃO

Conforme revelado pelo CONTRAPONTO, há semanas, o Município agora recebeu o primeiro lote da compra de fraldas para toda a rede de ensino, público e também para as crianças das conveniadas. Serão distribuídas 5 fraldas por aluno/dia.

Com sobras de recursos na Educação, a inclusão de itens essenciais é um alívio (para os pais, as crianças e as contas do governo). E o setor também vai disponibilizar lenços umedecidos, para higiene nas escolas.

R$ 2,6 MILHÕES DA CULTURA

O governo municipal demorou para concluir, e regularizar, o processo destinado ao uso de verba extraordinária de R$ 2,6 milhões da Lei Paulo Gustavo. Os editais já eram para terem sido lançados.  Mas a demora exigiu que um projeto de lei fosse enviado às pressas. E será aprovado somente nesta segunda-feira.

Vamos ver, em seguida, os prazos para inscrição, habilitação e conclusão (entrega) dos projetos e para a realização dos produtos culturais…. Vai apertar…! E muito!

SOBRE O APAGÃO

E sobre o apagão? Depois da ventania, chuvarada, alguns dias de muito calor. Mas bairros continuam a apresentar falta de energia. Em várias frentes. Oscilações permanecem, aqui e acolá…. E então?

Temos dois conteúdos de especialistas, consultores experimentados do setor. Eles responderam ao convite do CONTRAPONTO para colaborar, apresentando seus apontamentos. Leia em artigos (digita APAGÃO no campo de busca do site….)…

 

 

 

 

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo protegido!
Rolar para cima