COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 457 Má gestão com medição tira mais de R$ 50 milhões por ano do DAE. Projeto de cabides de Suéllen angustia comissionados e causa reação entre servidores

ESTOQUE DAE

A apuração pelo CONTRAPONTO de grande quantidade de compra de papel higiênico, sulfite A4 e outros itens pelo DAE foi abordada por vereadores, como Guilherme Berriel, em sessão. Foram inevitáveis comentários jocosos relacionando o item de higiene com a necessidade de assepsia (mudança de forma e controle de gestão) no órgão

Veja matéria no link:

Compras: almoxarifado do DAE tem papel higiênico e A4 para mais de dois anos de uso

CONCESSÃO

Nesta terça, às 14h, tem audiência pública sobre a concessão. Chiara Ranieri, autora do pedido, quer respostas objetivas para detalhamento de custo de obras e operação do tratamento de esgoto.

No ponto, o que se pergunta é: com base em que o governo chegou ao valor DE CADA ITEM que compõe a lista de obras e operação listados pela Fipe – contratada para o câlculo do modelo defendido pelo governo.

É quase impossível que as respostas venham na audiência. O ideal seria 1 item por reunião! Dada a complexidade do tema.

PERDE R$ 50 MILHÕES

Quanto o DAE perde de receita por ano por não trocar os medidores (hidrômetros)?

Mais de R$ 50 milhões, baseado nos dados do próprio DAE. É renúncia gigante de receita! Praticada por várias gestões.

Conta rasa: o estudo Fipe aponta troca de 100 mil hidrómetros, a cada 5 anos. A fundação joga 20% a mais de receita com a medida. Ela olha o que pensa o mercado.

O dado, porém, nos serve para indagar a fortuna que DAE já renunciou no caixa, por vários governos. A autarquia trocou milhares de medidores em casas na Bela Vista. E a receitanno bairro cresceu 36%. Só com esta ação.

Orçamento assinado pela autarquia para ano é R$ 203 milhões. Mesmo sem colocar redução de inadimplência (hoje 16%), mesmo sem apontar redução de perdas na rede… mesmo sem por na conta simples nenhuma redução de despesa por eficiência de gestão e mesmo pensando em 25% a mais de receita (abaixo do obtido na Bela Vista), de pronto o caixa alcança R$ 50 milhões a mais por ano. Mesmo sem contar milhares de moradias precárias ou sem regularização.

Esta é uma das premissas para atrair o setor privado para concessão. Quem pegar sabe que vai reduzir custo com gestão, ter ajuste de tarifa em contrato e ampliar (e muito) receita só com medidor novo. E esta ação está no cálculo do projeto.

RENDE MAIS

Colocaram a régua abaixo, na largada! Modesta a cifra, para o parque velho de equipamentos em Bauru.

Em 30 anos, só esta medida acumula R$ 1,5 bilhão. É claro que a conta não é linear. Os ciclos a cada 5 anos de troca de hidrômetros vão ter aumento bem mdnor de receita. Mas isso virá, em cima da base de arrecadação ampliada. Se corrigir a tarifa pelo IPCA já estará de bom tamanho.

Mas o governo não abre os dados, não dialoga. O ganho de receita, mesmo sem contar acessórios, extras, paga todas as obras da concessão (R$ 1,1 bilhão), sem contar os mais de R$ 230 milhões no caixa do fundo de esgoto…

Vamos continuar estimulando o debate…

CABIDES

A prefeita aguarda Jurídico sobre prazo mais longo para cumprir decisão judicial que exige concurso para vários cargos em comissão.

Angustia comissionados – com risco de perder salário em dezembro. E desagrada servidores – que não têm ajuste nem no valor do piso em inúmeras categorias.

Do projeto, uma secretária passaria a ter 50% a mais de salário – saindo de R$ 2.116 mensais para R$ 3.398. E diretor com piso menor…

Isso está ecoando longe entre servidores. E a grita piora porque a prefeita enfiou uns 23 novos cabides no projeto, inclusive secretários adjuntos…

E tem mais: o MP vai aceitar que cargo de secretária (administrativo e sem concurso) possa ser mantido trocando nome para “assessor”?

Vai correr risco de descumprir acórdão do TJ?

NOVA COMPOSIÇÃO

A fusão do Patriota com o PTB cria mais uma bancada com 2 vereadores e mexe na composição de poder no plenário.

Veja quadro e grupos:

Vereadores da 33ª Legislatura da Câmara Municipal de Bauru (2021/2024)

Beto Móveis (Fed. PSDB/Cidadania)
Coronel Meira (União Brasil)
Chiara Ranieri (União Brasil)
Junior Lokadora (PP)
Pastor Edson Miguel (Republicanos)
Estela Almagro (PT)
Fabiano Mariano (PDT)
Guilherme Berriel (MDB)
José Roberto Segalla (União Brasil)
Julio Cesar (PP)
Eduardo Borgo (Novo)
Mané Losila (MDB)
Marcelo Afonso (PRD)
Markinho Souza (Fed. PSDB/Cidadania)
Miltinho Sardin (PRD)
Pastor Bira (Podemos)
Junior Rodrigues (PSD)

Bancadas

3 vereadores
União Brasil (Coronel Meira, Chiara Ranieri e José Roberto Segalla)

2 vereadores
MDB (Guilherme Berriel e Mané Losila)

PP (Junior Lokadora e Julio Cesar)

Federação PSDB/Cidadania (Beto Móveis e Markinho Souza)

PRD (Marcelo Afonso e Miltinho Sardin) – era Patriota e PTB.

Único vereador
Republicanos (Pastor Edson Miguel)

PT (Estela Almagro)

PDT (Fabiano Mariano)

Novo (Eduardo Borgo)

Podemos (Pastor Bira)

PSD (Junior Rodrigues)

 

 

 

 

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