COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 52 Agora são 3 vagas de eleitos em disputa judicial e o show de horrores

N. 52 TRÊS VAGAS EM DISPUTA JUDICIAL, A CIRANDA E O SHOW DE HORRORES  

CAMPANHA NO FIM

Amanhã termina em todo o Brasil (nas cidades onde há segundo turno, como Bauru) o show de horrores chamado CAMPANHA ELEITORAL. Um festival de generalidades, edições emocionais, maquiagens de conteúdos ‘robotizadas’ ou na “coxa” e pouco, muito pouco conteúdo VERDADEIRO (se o critério for, no fio da navalha serena) o cruzamento entre a realidade da estrutura pública na cidade e o que as candidaturas disseram.

Apresentar diagnóstico nem é tão complicado assim. Mas alternativas, saídas (reais)… eita causa complicada… Não sei se vão concordar.. mas:

Mesmo com boa vontade, não dá! Mesmo da tentativa de “fiapos de sinceridade”, por uma ou outra fala dos candidato(as)s, pouca coisa se aproveita. A desgastada democracia chega a um ponto onde os partidos ESCOLHEM suas “estrelas” de plantão, ou de conveniência, e os eleitores são chamados a votar.

E pior, tudo isso pago com grana pública! A ideia de que a democracia tem de ser financiada pela sociedade um dia, talvez, seja retórica fundamentada para NAÇÕES.. com maiúsculo, na direção de comunidades, digamos, mais evoluídas. Estamos longe disso”.

E milhares ainda preferem pagar a multa e, com isso, engordar o caixa do fundão distribuído aos “donos dos partidos”…  Eita forma duplamente infeliz de dar milho aos pombos…. (COM EXCEÇÃO e respeito a quem não  pode, justificadamente, votar, claro!).

PONTO E VÍRGULA

Mas, para o necessário CONTRAPONTO na direção dos passivos de plantão, ou os alienados, ou espertalhões… ou …. (deixa pra lá), não joguemos as cascas e tomates apenas na direção da classe chamada: políticos. ELES SÃO ESPELHO, sem truque, de nossa máscara social deformada… ! 

E, nesse bolo, sem arredar o pé, ainda temos de lembrar de mais de 112 mil (entre os que anularam e não compareceram às urnas) que – por várias razões – terceirizaram a obrigação cívica do voto em Bauru.

Emprestando o pensamento do professor Max Vicente, da Unesp-Bauru: “Não há protesto em uma democracia com voto obrigatório. O que se tem é, por absoluta regra simples de matemática, a opção pela confirmação do status… quo….”…

Na verdade, não fabricamos massa de Pilatos nessa estorinha…

Mas… enfim… por conseguinte… Até na crítica mais ácida, registramos, aqui, o respeito ao que diz respeito a opção individual daqueles que não se convencem da regra de que “brancos, nulos e ausentes” representam, ainda que não seja essa a vontade, chancelar quem vencer a corrida!

JOGO SUJO

Chegamos à primeira cobertura eleitoral sob a batuta do CONTRAPONTO esperando que nossas escritas tenham lhe servido ao JORNALISMO DE REFLEXÃO. Falamos do jogo sujo (que se consome no “fechamento das cortinas da campanha”, apontamos, insistentemente, para incoerências nos conteúdos dos programas, exageros nas propostas e muita, muita superficialidade… E, entre superlativos e jogos de edição, a campanha chega ao fim (amanhã na TV e rádio) como se o desfecho da novela fosse o Paraíso do Oportunismo e do Ilusório na Terra Sem Limites…. Perdoem a acidez… amanhã passa… (esperamos)… (sic)!.

Lamentável! Sobraram farpas, farrapos verbais e venenos… a maior parte escondida na “proteção” covarde da tecnologia… as redes sociais.

E não venham as hienas urbanas (apelido nosso aos irresponsáveis e venenosos de sempre…) correr não.. Várias foram identificadas…. Alguns exemplares dessa espécie – que vive do assalto até da carcaça putrefata – não conseguiram nem se esconder… tamanho o sebo de cicuta acumulada em suas tripas!

Gente! Não se assustem! Vamos a outras notas! O relâmpago verbal acima, então, que seja um registro, ao menos, da indignação por aqueles (e são muitos) que fizeram sua parte por uma cidade melhor (em seus grupos, amigos, páginas pessoais na Internet)….

Sigamos! Mas que a coisa está feia por ai, ou ao nosso redor, está!  …. Bom..  vamos a outras notas. (tem novidade mais abaixo… leia até o fim!)

GENERALIZAÇÃO

A campanha de Suéllen Rosim usou um atalho, arriscado, “de generalização bruta e perigosa” para, colar, lá na ponta da vila, a ideia de que a candidata está sendo atacada (apanha no jargão político) porque está forte entre as mulheres. …

Uma fala “solta” em um VT, descambou para pseudo-pauta de gênero, “remanufaturando, perigosa e sociologicamente” a colagem para gerar falsa “revolta” associativa (com objetivo eleitoral) de que “homens só sabem bater na gente”…

Um jogo perigoso que pode consolidar votos… ainda que ao preço do uso da ignorância intelectual da massa. Lavagem cerebral teologicamente que estrutura alguns impérios religiosos, diga-se (sem generalizar, evidente).

Já o tema GÊNERO (seja pelo olhar de políticas afirmativas, de proteção, identitárias) – grave, sério – sequer foi “tocado” pela candidata em sua campanha!

E, por isso, mesmo, sobram “lágrimas” – por homens e mulheres de bem… – e chibatadas de consciência que não servem de escudo…

MACHISMO INDECENTE

Rodou por ai, no abismo covarde do inferno vestido de Wattsapp, evidentemente, foto de uma mulher nu (bonita, jovem, negra) exibindo, em destaque seu “sexo”… Se a questão em si já não servisse à confirmação da constatação de que sempre fomos, em boa fatia de nossa estratificação social, machistas… a “piadinha” escrota veio acompanhada de frases que não merecem ser repetidas aqui… (não pela ignorância cruel em si dos termos…)… mas pra não patentear ainda que uma letra a mais, além do já exposto, do nosso MACHISMO ESTRUTURAL!

Em tempo: aviso às hienas urbanas: não conseguimos saber de onde saiu isso! Não associem a nenhum time político, ou nome! Mas o CONTRAPONTO não poderia deixar de registrar!

DENÚNCIAS

Mudando de assunto. Causou reação a representação judicial que discute a denúncia de que teria ocorrido captação ilegal de sufrágio (voto), por Guilherme Berriel, em campanha supostamente realizada pelo vereador eleito na fila de distribuição de água (que sua empresa há anos disponibiliza à população), em pleno racionamento.

Aguardemos, com serenidade, o papel de fiscalizador da lei (pelo Ministério Público), a defesa do engenheiro e a sentença judicial. Respira! A notícia de fato judicial eleitoral registrado, público, sobre questão pública, está informada… É aguardar!

Aliás, dentro do prazo permitido pela legislação, outras denúncias virão em relação à lista de eleitos! Assim que oficializadas, informaremos.

CONTINHA

Como toda informação relacionada a EVENTUAL MUDANÇA nas cadeiras, entre os eleitos ao Legislativo, despertou curiosidade entre populares e militantes saber: como fica a “continha” eleitoral e quem entraria na vaga de Berriel (caso esse fosse o desfecho)…

Duas questões a considerar, na tabela abaixo, para o leitor do CONTRAPONTO exercitar o raciocínio em torno do preenchimento de cadeiras pelo QUOCIENTE e pelo CÁLCULO DAS MÉDIAS (sobras), explicado, com exclusividade, pelo site:

CENÁRIO 1: já com Lokadora no lugar de Kbelo, mas com recontagem sem retirar os 1.836 votos de Guilherme Berriel para o MDB:

Tabela produzida por Maurício Seabra a pedido do CONTRAPONTO

A tabela acima traz a votação por cada chapa (partido), a totalização dos votos (candidatos e votos na legenda), a distribuição das cadeiras pelo quociente e, também, as sobras (cálculo das médias).

Nela, Lokadora (PP) assume a segunda vaga pelo PP (no lugar de Ricardo Kbelo – Republicanos), em razão da decisão judicial que inclui 1.350 votos a Júlio Cesar (que fez com que o Partido Popular ficasse com 2 vagas, contra 1 do Republicanos).

Aproveite e veja a evolução (e cálculo) matemático de cada legenda e quantos votos (pela média) cada partido obteve para conquistar vagas pelas SOBRAS. A ordem é decrescente (os nomes dos eleitos das sobras estão no rodapé da tabela), até atingir as 17 vagas para vereadores.

CENÁRIO 2: com Lokadora pelo PP e retirando (hipótese matemática) os 1.836 votos de Berriel pelo MDB.

Tabela considerando o caso Berriel (ação judicial)

Veja que, neste quadro, a situação do MDB não muda. O partido continua com 2 vagas na Câmara. O que altera é a posição da conquista da segunda vaga.

Nessa hipótese, retirando os 1.836 votos de Berriel, o MDB teria Renato Purini ocupando a vaga.

Ou seja, a recontagem (mesmo do quociente eleitoral), com as situações simuladas até aqui, não alterariam o preenchimento das demais vagas, mas apenas dentro do próprio partido, caso do MDB.

A situação do PP é diferente, porque esta legenda conseguiu INCLUIR mais 1.350 votos (indeferidos a Júlio Cesar). Mas o suplente conseguiu decisão judicial favorável a seu registro.

OUTROS CASOS

Há, já em andamento judicial, conforme publicado pelo CONTRAPONTO, representação contra a chapa do PTB (que elegeu Carlinhos do PS em vaga única). 

A representação quer “cassar” toda a chapa alegando irregularidade em duas candidaturas femininas (Roseli Meirelles – que obteve 1 voto e que, na verdade, se inscreveu mas fez campanha para o companheiro – também candidato) e Larissa Vieira (ZERO VOTOS). Ambas do PTB.

Aqui, há também mais de uma possibilidade. Para especialista ouvido pelo CONTRAPONTO, as candidatas (se irregulares, apenas de “fachada” para o PTB preencher as vagas de homens) podem sofrer ação por crime, ou fraude eleitoral. Mas a cassação da chapa petebista não mais poderia ser realizada (extemporânea). 

Outra vertente considera casos (julgados) em que a chapa inteira caiu, pela “contaminação” que as candidaturas irregulares (se provadas) exerceriam no grupo…  Nesse caso, o PTB perderia sua vaga (sairia Carlinhos do PS). Ai a recontagem também teria de ser novamente refeita…  

Nessa hipótese, pessoal, tem de refazer a tabela, com as duas opções. Aguardemos!

OUTRA AÇÃO

Mas o “festival” de busca de “cassações” de eleitos não para. Há levantamento em relação ao eleito pelo Cidadania, Beto Móveis. A discussão, apuramos, é em torno de prazos de desincompatibilização em Conselho Municipal e depuração documental. 

Vamos apurar detalhes desta situação nesta quinta e informaremos! O procedimento já foi encaminhado por advogado. Não haveria publicação, por exemplo, em Diário Oficial da saída (no tempo exigido em lei) do eleito (Beto) do conselho. E tem mais documentos em discussão.

Ou seja, “somando” todas as demandas, até aqui, há em discussão, judicial, ou em andamento, a vaga de Guilherme Berriel (MDB), Carlinhos do PS – PTB  (em razão da representação contra as candidaturas femininas que seriam irregulares na legenda) e, ainda, a situação a ser discutida em relação a Beto Móveis. Assim que conversarmos com o eleito pelo Cidadania, atualizamos o caso aqui.    

ELA FOI, ELE NÃO

Entre compromissos de campanha eleitoral previamente aceitos, agendados, pelas candidaturas neste segundo turno, Suéllen mancou com a Assenag (avisou em cima da hora e não foi à sabastina).

Raul Gonçalves (segundo sua assessoria) está fazendo o mesmo nesta quinta (em sabatina com a classe artística). Raul foi na Assenag, mas também avisou em cima da hora da mudança de planos com os artistas. Suéllen foi no encontro com mais de 100 representantes da agenda cultural.

 

NESTE DOMINGO (29/11), A PARTIR DAS 17h00 NO FACEBOOK (CONTRAPONTO), AVALIAÇÃO DO SEGUNDO TURNO E ENTREVISTAS

AO VIVO…. PARTICIPEM!

2 comentários em “N. 52 Agora são 3 vagas de eleitos em disputa judicial e o show de horrores”

  1. Esse canal, entre outros que acompanho, é a melhor forma de me inteirar da politicagem e da política na nossa sem limites. Parabéns aos conteúdos, ao profissionalismo e ao jornalismo!

  2. Quem se candidata para pegar a verba eleitoral e gastar sem verdadeira intenção de se eleger, visto que nem a pessoa vota no seu número, merece castigo. Devolver a verba e ficar inelegível. E uma boa multa para o partido.

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