COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 68 Suéllem tenta completar “time”… epidemia assusta e fiscalização cai

N. 68 SUÉLLEN TENTA COMPLETAR “TIME”… PANDEMIA APERTA E FISCALIZAÇÃO AFROUXA

 

TIME SUÉLLEN

Não é fácil! Governo novo, experiência completamente nova para a eleita, pressões de setores organizados, de alguns grupos empresariais, descontentamento entre aliados e pedidos e mais pedidos para acomodação de cargos… de diferentes matizes…

É com esta “composição” de fatores que Suéllen Rosim (Patriota) inicia a semana que antecede ao Natal nesta segunda (21/12) data que a prefeita eleita definiu para anunciar suas escolhas.

Até o início da noite do domingo, as indicações eram de que o anúncio, se for realizado, será parcial. Ainda faltam peças para completar no primeiro escalão. São 14 secretarias, subprefeitura de Tibiriçá e as presidências de DAE, Cohab e Emdurb para compor.

Para alguns postos, como alertamos aqui, o problema não está na identificação do perfil. Mas no salário. Profissionais respeitados no mercado privado têm remuneração compatível com este reconhecimento. O valor é muito acima dos cerca de R$ 7 mil da Prefeitura. Aliás, alguns municípios da região tratam a questão com mais profissionalismo e pagam melhor do que isso.

Dadas estas dificuldades, e as políticas, o time de técnicos (com perfil que incorpore conhecimento e capacidade de liderança, como definiu a prefeita eleita) está sendo formado. “Fui realista e estou convidando nomes para uma missão”, resumiu Suéllen há poucos dias.

PRINCIPAIS NOMES

Depois de inúmeras sondagens (naturais) e de indicações ainda em curso, se a prefeita eleita confirmar a divulgação de nomes hoje, na lista deverão estar: Luiz Carlos Valle (Gabinete ou comando na gestão indireta), Marcos Saraiva (Obras), Patrick Teixeira (uma função no Gabinete), Gislaine Magrini (na Sedecon ou outro posto), Glauber Woida (na Sebes, ou Ana Salles), Flávio Ismael (citado para Esportes), Kaio Ruiz (citado para a Semma), Tatiana Sá (algo ligado a Cultura).

O governo também convidou outros nomes. Marcos Amorim pode ir para a Sear, Solange Reis foi citada para a Educação (ela já foi secretária na área no governo Nilson Costa), Éverson Demarchi fica na Finanças (mas também foi discutido se seria o caso na Administração), Sérgio Antonio pode permanecer em função temporária por estar por dentro da gestão Covid (até a prefeita escolher substituto) e no Jurídico a procuradora Geral Alcimar Mondillo está entre os nomes do atual governo que são considerados para participar do papel de transição também  durante o início do novo governo.

Há outros nomes sob expectativa ou sondagens, como Luiz Bessi (que atuou diretamente na campanha), Rui Rocha (contador e ex-presidente do Sindicato dos Contabilistas foi procurado), Fábio Cavalieri (está sendo mencionado para algo como a Subprefeitura de Tibiriçá, ou outro).

Como dito, algumas peças ainda estão incompletas. O vereador eleito Guilherme Berriel Cardoso, por exemplo, não esconde entre interlocutores seu interesse pelo DAE… mas se a conversa prevista para hoje vai matar sua sede… não se sabe…

Assim, é praticamente certo que os primeiros 12 nomes da lista acima estejam na divulgação, em um posto ou outro. Ajustes são possíveis e até normais (quando se está completando o time).

LEI SECA

A medida adotada pelo governador João Dória (PSDB) – sustentada pelo STF – de determinar “lei seca” para impedir a venda de  bebidas alcoólicas após ás 20 horas é daquelas questões que vieram durante a pandemia que geram reações adversas (econômicas e de comportamento) e de resultado questionável.

Na Capital, no primeiro final de semana da “lei seca” bares continuaram abertos após às 20h00. E quem decidiu “cumprir” a regra, em muitos lugares, comprou as doses extras, ou garrafas adicionais, às 19h50, pagou, e permaneceu bebendo, com as portas fechadas…

Gente experiente com a noite paulistana diz que, nesta semana que antecede ao Natal o happy hour vai “vingar” com maior “força”, das 18h às 20h.

A despeito da discussão sobre a difícil equação entre o comportamento sanitário e de conscientização das pessoas em torno da pandemia, é questionável a eficácia da medida. E pra não ser hipócrita em relação a regras padrões, há que se lembrar, com ou sem Covid, que beber e dirigir (nos mesmos botequins de sempre) é proibido, crime. Mas…

Tecnicamente, como gostam de repetir as autoridades, se pergunta sobre o confronto da “lei seca” com a consequente aglomeração concentrada (até às 20h), tanto quanto a redução no horário de funcionamento do comércio (como aconteceu em Bauru e outros lugares) evidentemente “incentivou” a concentração de mobilidade em ônibus coletivos e comércio em período menor… o que é uma medida que não combina com a regra de distanciamento… aglomeração…

FISCALIZAÇÃO FROUXA

Em Bauru, como comentado aqui em semanas anteriores, a fiscalização sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde arrefeceu. O setor pode até argumentar que o número de denúncias, pelas pessoas, despencou. Mas pendurar o afrouxamento na necessária e pedagógica fiscalização no “comportamento” do bauruense é um caminho vulnerável!

Em julho, no pico da pandemia e do “medo” em torno da doença, conforme a Prefeitura, foram 1.567 fiscalizações. Em novembro passado os registros são de 115, segundo o governo. Gente! isso é menos de 10% do total de julho! Isso é gravíssimo! O governo municipal não pode “baixar a guarda”.

Não importa se o cidadão se acomodou. O papel “regulador”, “pedagógico” e de poder de polícia do Estado não poderia ter sido jogado fora! Na mesma “toada”, desmobilizaram a maior parte das equipes para fiscalização Covid.

O fiscal já está nas ruas. A força tarefa conjunta é questão de bom senso. O servidor que percorre o centro comercial e vistoria os itens sanitários não tem olhos para anotar, orientar ou autuar, no mesmo instante, aglomeração ou descumprimento das regras?

E, voltando á ineficaz lei seca comentada acima, se os problemas “clandestinos” estavam concentrados em baladas e alugueis de chácaras nos finais de semana, sobretudo com a presença de jovens, é ingenuidade imaginar que Fiscais e Polícia Militar (Atividade Delegada existe pra isso, também) não tenham gerado “espertize” para mapeamento dos locais mais utilizados… (?)

Ok! Nada disso? Então somos (poder público) incompetentes, demos de Pilatos ou baixamos a guarda nesta fase, mesmo estando tratando da maior crise viral dos últimos tempos?

MANIFESTAÇÕES

Os vereadores da atual legislatura se reúnem nesta terça para o último encontro do atual mandato. E eleitos para os próximos quatro anos já agendam ações, em várias frentes.

Chiara Ranieri (DEM) já chamou reuniões públicas para discutir temas como abastecimento de água e volta às aulas, logo para os primeiros dias de janeiro (com integrantes do novo governo).

Estela Almagro (PT) usou suas redes sociais para criticar que o prefeito Gazzetta ignorou o “recado das urnas” por renovação e indicou antigos aliados para a direção da Funprev. Estela já adiantou que fará oposição propositiva ao governo Suéllen.

Coronel Meira vem batendo na mesma tecla sobre o aparelhamento da Funprev pelo mesmo grupo e criticou a sanha de aliados de Gazzetta, como o atual secretário de Administração Donizete do Carmo, para se manter pendurado à fundação.

Donizete quer voltar à presidência da Funprev (está em campanha por isso há dias), local onde, durante o recente período da “geração atual” foram preenchidos de forma ilegal seis cargos de chefia e onde o grupo de Donizete “convenceu” Gazzetta a assinar projeto de lei para que o ganho adicional como conselheiro fosse “incorporado”…

Medida completamente ilegal, mas que foi levada à frente por Gilson Gimenes (atual presidente), sob as bençãos do aliado (Donizete do Carmo). O acréscimo na remuneração como conselheiro, aliás, é um veneno, um elexir que pode servir a estímulos que não sejam o de fiscalizar e proteger o milionário fundo do servidor.

O CONTRAPONTO apurou a “manobra” e Gazzetta recuou, retirando o projeto de lei de tramitação, na época.

NÃO SER PASSIVO…

É, ao mesmo tempo, demorado formar quadros (entre os servidores) que dominem conteúdos tão especializados (mercado financeiro, perícias, análise de contas e regime previdenciário)… Mas só tem um jeito: o governo reconhecer que a formação e capacitação de servidores é  caminho sustentável essencial para mudar essa rota!

Se o governo Suéllen compreender esta realidade estará, ao lado do Sindicato dos Servidores, dando enorme passo no reconhecimento de ações estruturais fundamentais… são ações até silenciosas, demoradas, mas que efetivamente significam VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR!

Os servidores conscientes, dedicados, podem adotar (por si) comportamento de busca dessa formação, desde já… pra que esperar dois anos pela nova eleição do conselho? Ajudem a fiscalizar o fundo que vai garantir suas aposentadorias futuras! Participem! Façam cursos de formação!  Já!

 

 

 

 

 

 

5 comentários em “N. 68 Suéllem tenta completar “time”… epidemia assusta e fiscalização cai”

  1. A oposição sistemática, ou não-construtiva, em total prejuízo aos anseios da população, é própria de quem ficará, nos próximos quatro anos, discutindo a eleição que perdeu !

  2. Bom dia Nelson. Não anunciei oposição sistemática, mas construtiva. Não somo fileiras com a ideologia pregada pela prefeita eleita, e não fui eleita pelo voto conservador. Farei jus a expectativa em mim depositada. Tudo o que for bom ou interessante ao Município poderá contar comigo . O que for em prejuízo ou desconstrução terá oposição a altura !

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