N. 76 EMDURB TERÁ NOVA CONTROLADORIA E SEGUNDO ESCALÃO ACOMODA CANDIDATOS DO PATRIOTA
CONTROLE NA EMDURB
O presidente da Emdurb, Luiz Carlos Valle, não quer dar “sopa pro azar”. Já no terceiro dia no cargo, decidiu pela REESTRUTURAÇÃO da Controladoria Interna, ligada diretamente a ele, para monitorar contratos, estoque e custos. Valle também contou que vai mexer no organograma. A redução de gerências e de “controle real” de custos é fundamental para reduzir o rombo interno, segundo ele.
Valle garantiu que vai “revisar contrato a contrato e o que precisar ser corrigido será”!. Ainda na quarta-feira, ele foi à prefeita Suéllen para atualizar a situação interna. Que é difícil!
FILA NO ATERRO
A controladora do aterro particular em Piratininga, para onde é levado 300 toneladas diárias de lixo doméstico de Bauru, precisa explicar porque, logo no início do novo ano, começou a aparecer fila de caminhões para o descarte no local.
Bauru, como se sabe, é o maior cliente do aterro particular. O contrato é de milhões. Se os caminhões tiverem que continuar a percorrer distância longa, por rodovia, e ainda ficarem parados na fila (e por muito tempo) o prejuízo para o setor é substancial. Ainda nesta quinta-feira, verificaremos junto à operadora o que está havendo. Ate 31 de dezembro não era assim, oras!
DADOS COVID
A Secretaria de Saúde afirmou hoje, em reunião pública, que a Covid está tranquila, sob controle em Bauru. Um dos principais dados é que a taxa de transmissão (Rt), segundo Ezequiel dos Santos, é de 0,6%.
Contudo, o Comitê Covid já conviveu, nos meses de pandemia, com a noção de progressão e projeção no tempo. O cenário (presente) tende a ser o mesmo a partir de 15 dias? Bauru será “nota fora da curva” e não terá o aumento exponencial de novos casos que já passou, primeiro, pelos Grandes Centros e avança sobre as regionais do Interior, como na outra fase da pandemia?
E o que fazemos com a leitura (com base nos dados oficiais divulgados pelo próprio governo) que identifica 32% de aumento de casos nos últimos 7 dias? Qual a avaliação para 60,7% dos novos casos deste último período ser de pessoas de 20 a 49 anos? Estamos encaminhando as questões para a avaliação do Comitê Covid Municipal tendo como (referência) a “leitura” esperada a partir de 17 de janeiro (quando vence o atual decreto)…
PATRIOTAGEM NO 2. ESCALÃO
Partido que vence eleição indica nomes (desde que com currículo, perfil) para ajudar a governar. A questão é que não existem partidos que tenham “time completo de notáveis”, com especialistas em diferentes áreas. Até ai… (elementar)… E nem é essa a regra (se o rumo da conversa for competência e perfil), claro.
O que “é completamente fora da curva” é acomodar boa parte da turma do baixo clero em cargos comissionados (de confiança). Ai fica evidente que a estrutura pública está servindo a “moradia de aluguel” para agradar a turma. E qual o limite?
Oras. O Patriota venceu a eleição local. Mas na disputa ao Legislativo seus 23 candidatos a vereança obtiveram apenas 1 vaga e com apenas 5.938 votos. Na “rabeira”! A prefeita (presidente municipal da legenda) nomeou 8 da chapa para cargos de confiança no segundo escalão.
Tem de tudo. As acomodações foram para assessoria na Sear e diretorias de secretarias como Cultura e Esportes. Perfil técnico prefeita?
Não se desmerece (por favor) a oportunidade de alguns colaborarem com a “missão pública” pregada por Suéllen. Um ou outro (entre os presentados com cargos) tem algo a oferecer para a cidade. (Assim se espera, pelo menos).
Mas é evidente que a turminha empregada é cabidaço Patriótico. O vice, Orlando Costa Dias, é nome de perfil técnico indiscutível (com currículo) para a Saúde… Para um exemplo claro.
Isso é “acomodar na casa” e não “arrumar a casa” prefeita! E se apostar que isso não gera desgaste (prematuro) com seu público… será erro de principiante em política…
E pior! A turma que perdeu eleição (e tem força em partidos que estão de fora do “barco”) vai ficar mais faminta… Vai eclodir lá na “bancada” de apoio? Ou leia-se, de pressão. Não reclame se, daqui a algum tempo, anotarmos aqui que a corda esgarçou… com “acomodações” também de derrotados desempregados nos cantos da “coisa pública”…
Aliás. A Sear sempre foi a mãe de todas as tribos! Por exemplo…
CARREATA CONTRA DORIA
O governo João Doria escolheu o caminho mais fácil (e que pode ser um tiro no pé na economia paulista) para tentar resolver sua expectativa de queda de receita em 2021, ainda sob efeito da pandemia. Primeiro extinguiu (com apoio dos deputados estaduais) órgãos sem garantir a equalização para a substituição de serviços estruturantes nas áreas de projetos, habitação, meio ambiente, etc…
Mas o pacotaço de aumento de impostos, em pleno “crescimento da pandemia”, vai pressionar ainda mais os setores já esgarçados da economia paulista, gerar repasse de preços (aumentando custos para o consumidor na ponta) e não necessariamente obter maior arrecadação. A cadeia inteira da cartilha da retomada do crescimento perde fôlego com a canetada de Doria.
Hoje tem carreata nos diferentes cantos do Estado, de produtores rurais, comerciantes, agricultura familiar, prestadores de serviços…
TAMANHO DA PANCADA
Um vendedor com garagem regular, tudo certinho, pagava, até 31 de dezembro, 1,8% de imposto para o Estado (R$ 1.800,00) ao fechar negócio para um carro de R$ 100 mil. Por exemplo. Sabe pra quanto foi o “assalto tributário” da máquina pública inchada, lenta, gerida pelo PSDB Paulista há duas décadas? R$ 5.400,00! 5,4%. O percentual é a “tradução” da mudança na “fórmula” de redução recriada por João Doria.
DEVOLUÇÃO FEDERAL
A revelação, pelo CONTRAPONTO, de que a obra da ETE do Distrito tem de ser concluída de qualquer jeito (força de expressão utilizada por nós para o que dizem no governo desde 2015) gerou surpresas. Como levantamos na reportagem da obra, Bauru tem de devolver mais de R$ 70 milhões à União (a valores de hoje) se não concluir e não operar o tratamento de esgoto, conforme o contrato.
O episódio merece anotação, em memória política, de que agentes públicos geram contratos de porte e, por vezes, o povo não lê, não vê… No início do segundo semestre de 1996, último ano do governo Tidei de Lima, foi aprovado pela Câmara empréstimo de R$ 10 milhões (referencial da época) junto ao então banco americano Chase Manhattan para a obra do tal Viaduto (hoje batizado de Nicola Avallone), no Centro, sobre a ferrovia.
Levantei, como repórter do JC na ocasião, o tal contrato. E publiquei matéria mostrando que o contrato tinha quatro alças. Era um verdadeiro “polvo” no arranhacéu de Bauru. Que, claro, não saiu, porque não “teve perna” nem para construir uma alça… E a dívida pagamos até 2030…
Por essas e outras é que reiteramos,em diversos pitacos, que contratos vultosos, de longa duração (como concessões) exigem assepsia técnica e nada de pressa. E quando o gestor de plantão tem pressa (como Gazzetta fez com as “PPPs” do lixo e Iluminação), mais devemos ficar atentos. Todos! A comunidade! Vigilância sempre! Esta cidade é nossa! Quem está de passagem é sempre quem sentou na cadeira do poder…
ESTOQUE DA EDUCAÇÃO
Só faz 3 dias que Maria do Carmos Kobayashi assumiu a Secretaria de Educação. Então não é razoável exigir que ela tenha todos os dados nas mãos sobre a estrutura e planejamento para a promessa de abertura de escolas (feita por Suéllen) para 2021.
Mas os técnicos e diretores de área da Educação continuam lá. E, segundo a ex-secretária Isabel Miziara, todos os dados foram levantados! Desde quantos são e onde estão (os professores e profissionais de suporte da Educação com idade a partir de 60 anos ou com comorbidade), a capacidade de substituição em escalas…
Mas estes dados não foram informados em artigo 18 (Lei Orgânica) em pedido da vereadora Chiara Ranieri (conforme reunião pública da quarta).
Na reunião, a nova secretária disse que o estoque de insumos existente é de 39.300 máscaras tamanhos P e M, 10.560 máscaras tamanho adulto e 2.785 pulverizadores.
Também foram comprados, pelo governo anterior, 226 totens para álcool em gel por R$ 54.240,00. Mas Kobayashi disse que 155 apresentaram pés com defeito. Foram devolvidos para reparo. Já a compra de canecas está aguardando posição do Jurídico.
A questão, então, será responder, objetivamente, se o estoque atende ao planejamento para o calendário anual pretendido (mão de obra, insumos, operacional)?
O pato, DONALD
De topete grande, Trump sai pequeno da Casa Branca… E a “arruaça” antidemocrática que incita uma turma de extremistas que não sabem perder pode, ao invés disso, dar ânimo a aproximação entre antigos adversários…
Nelson a Controladoria Interna da EMDURB sempre existiu como um cargo ocupado por funcionário de carreira.
Olá. Obrigado pelo contato. O presidente Luiz Valle é quem deu a informação e se refere a uma “nova Controladoria” para exercer monitoramento interno que, ele, diz estarem sendo falhos. A que existe, então, não funciona a contento, na avaliação do comando.. Abc!
“Empresários” ná área de gás e água, beleza, construção civil, doces, sorvete, dançarino, serviços do lar, música, vidraçaria… perfil técnico? Não sabia que tínhamos pastas especificas para essas qualificações! Tenha dó, prefeita. Nos respeite! Como bem disse uma amiga, isso não é uma secretaria, é um ministério!
Sim, se existe precisa funcionar.
Aliás, a CGM-Controladoria Geral do Municipio, com competência legal de auditar inclusive a administração indireta (Emdurb, DAE e Funprev) também existe (desde 2011). Com cargos comissionados de Controlador Geral, Auditor Geral e Contador Geral. Só falta….funcionar.
A chuva dificulta o acesso imediato dos caminhões as frentes de trabalho do aterro, pois o mesmo não é pavimentado. Por isso, nestas condições, há necessidade de aguardar.