N; 78 SEMANA EXIGE DECISÃO DE SUÉLLEN NA COVID. SECRETÁRIO DE SAÚDE DÁ “UMA GERAL” NA SITUAÇÃO NA PASTA
A DECISÃO
Governar é fazer escolhas. Esta semana a prefeita Suéllen Rosim terá de tomar decisão de alto impacto. O atual decreto que estabelece regras para a Covid vale até domingo. Mas, com os dados da transmissão da doença até a tarde de sexta, o governo terá de informar para comerciantes e prestadores de serviços que regras terão de seguir a partir da segunda, dia 18 de janeiro.
Não é fácil. Nunca foi. Mas a decisão terá de ser tomada levando em conta os dados (taxa de contágio, transmissão e tendência) e a as características de uma cidade que tem 2/3 de suas atividades em comércio e serviços.
POSIÇÃO DO SECRETÁRIO
Conversamos com o médico e secretário de Saúde, Orlando Costa Dias. Ele comentou que, de um lado, muitas pessoas “perderam o medo do contágio”. De outro, do ponto de vista de gestão, está avaliando os dados da Covid dia a dia. Além disso, a avaliação leva em conta de que forma os encontros (aglomerações) no Natal e Ano Novo vão refletir na taxa de transmissão…
Ou seja, a sexta-feira desta semana (apenas a segunda do novo governo) já exige decisão relevante, de impacto… Gente! Não adianta querer resposta na segunda, terça. A evolução do quadro precisa ser consumada em todo o ciclo… Antes de sexta só tem sentido antecipar alguma medida se a taxa de contaminação “explodir”. A referência é esperar até sexta!
ALERTA AO PROTOCOLO
O secretário de Saúde recebeu apontamentos do CONTRAPONTO a respeito de descumprimento de protocolo de atendimento na Rede Municipal. Pacientes com sintomas compatíveis com o coronavírus (perda de paladar, dor de cabeça, diarreia…, alguns com febre) entraram em contato para dizer que médicos plantonistas não quiseram requisitar o exame.
Separamos apenas os casos com sintomas a partir do quarto dia. Em cinco casos, ouvimos de pacientes que tiveram de fazer o exame na rede privada, com confirmação da doença…
“O protocolo de atendimento tem de ser seguido. Após 10 meses, a rede municipal já tem elementos suficientes para diferenciar diagnóstico e pedir exame. Vamos discutir essa eventual resistência com a diretoria e acompanhar junto aos plantões”, garantiu Orlando.
ALVOS ESPECÍFICOS
Orlando Costa Dias contou que salientou junto à equipe a necessidade de apurar mais de perto eventos de grande aglomeração (como festas clandestinas) e bares. “Estou indo a alguns pontos comuns de movimentação para ter percepção de como isso está acontecendo. Realizar festas com 1.500 pessoas é total descompromisso com a realidade. E isso preocupa muito”, observa.
O secretário também alerta que “o anúncio de vacinas, algo essencial para o País, pode levar uma parte das pessoas a achar que já está tudo resolvido. E não está. Isso nos preocupa mais entre jovens, onde o comportamento tende a ser mais individualista e não necessariamente coletivo”.
VOLTA ÀS AULAS
Orlando comentou que a “ideia é recomeçar as aulas em fevereiro na rede municipal, com restrições, limitações de lotação por sala e muito protocolo de higiene. Mas esta avaliação só será definida a partir dos dados. Se estiver no pico a gente adia. Mas estamos trabalhando para trer aula”.
Segundo o secretário, na reunião da última sexta, já foi identificado que “algumas escolas não terão condições de abrir. Faltam ajustes, como garantir refrigeração com janelas que abram, intervenções físicas para ajustar regras sanitárias. Pegamos isso assim e vamos ter de ajustar, para depois incluir essas escolas”, adiantou.
CONSERTOS, REPAROS
O secretário também comentou que as UPAS precisam de pequenos reparos. “Existem consertos que não podem esperar. É ar condicionado, infiltração, pia vazando. Temos de resolver isso. Tem Unidade que tem mato alto enorme na frente. E isso envolve nossa capacidade de gerar ação com prioridade e chamar outras secretarias para participarem. São situações que causam desconforto para a população no atendimento interno e geram sensação negativa no externo. Temos de agir nas duas frentes”, pontuou.
PROJETOS
Na visita ao Calçadão, no sábado, Suéllen e secretários pontuaram que, para buscar a realização de ações estruturantes, a Prefeitura tem de contratar ou fazer projetos. E o tempo não espera. É definir, agora, o que é prioridade e fazer. A prefeita disse que “há demandas em todas as áreas. Então estamos avaliando o que é mais estratégico e vamos ter de fazer os projetos”.
Na caminhada pelo Centro, em vários momentos, prefeita e secretários comentaram sobre a já identificada necessidade de “dar vida ao Centro”. A Unesp, através de um núcleo que reúne professores especialistas, tem proposta para as novas dimensões de ocupação da região Central.
Cohabitação, coworking, programa dirigido para buscar ocupação híbrida, por aluguéis, mudança nas regras de zoneamento para abrir oportunidade de funcionamento de outras atividades no Centro, sobretudo no período após as 18 horas, ação para moradia nã região…
São diversos pontos e frentes em debate. É a prefeita fazer o movimento institucional de chamar a universidade para a conversa…. E… discutir… … Não é mesmo professores Adalberto Retto Júnior, Silvana Aparecida… entre outros.. (?)
CASO COHAB
Movimentos dos profissionais que atuam em obrigações paralelas da apuração do caso Cohab indicam que há preparativos na direção da realização de leilões de bens, sobretudo elementos perecíveis. Gado e sacas de café devem ser os primeiros itens a serem submetidos a leilão.