Último ano de governo expõe mais obstáculos de gestão que qualquer outro período. Mas rm Bauru, 2024 virá com pressão extra. Não somente pelo inevitável efeito do fator eleição. Aposentados e categorias do funcionalismo estão, desde já, na campanha por ajustes nos ganhos.
A questão é que, apenas como ponto de partida, o movimento já deflagrado por 3 segmentos do funcionalismo coloca sobre a mesa da prefeita Suéllen Rosim uma demanda que já soma mais de R$ 100 milhões ano de despesa.
A maior fatura em negociação está com os aposentados. Na sexta-feira, a prefeita disse ao Sindicato dos Servidores que o Orçamento atual não comporta despesa extra com folha.
Na ponta do lápis, o governo apresentou que a criação de algum benefício para os mais de 4.300 inativos representaria R$ 60 milhões por ano.
A questão não é de índice fiscal em si. É que bancar algo como abono, ou outro benefício, tem este valor anual apontado pela Secretaria de Finanças. E, embora reconheça que os aposentados enfrentam perdas acumuladas no “poder de compra”, o fato é que há represamento de ajustes em pisos em várias categorias.
Engenheiros, desenhistas, arquitetos e afins ficaram na fila pela busca de receber algo perto do piso, ao menos.
E se esta reivindicação nem se diluiu, veio.o Congresso e aprovou piso para enfermagem. O valor que a União se dispõe a repassar não xibre a diferença. E mesmo que nem fosse isso, a medida exige repor mais R$ 5 milhões de impacto na previdência.
Mas e o piso do magistério. Pois bem. O cálculo entregue pela Funprev para 4 cenários tem alternativas de R$ 17 a R$ 37 milhões em nova despesa.
O governo terá de custear as diferenças. E a saída apontada é uma alíquota complementae de 6%. Educação aposenta com 25 anos de carreira. Assim, a conta sempre é maior para mexidas na carreira.
Só nestes 3 segmentos a cobra já chega a R$ 102 milhões. Mas a lista é muito mais.
A Covid fez o governo reduzir gasto com pessoal, com congelamento. A receita aumentou. Mas o tempo de espera e as defasagens esticam a corda com mais força desde já.
E em muitas carreiras há perdas de profissionais sem reposição. Tem de haver espaço para concurso para preencher vagas. Qual espaço para garantir gestão nas duas frentes, sem afetar o equilíbrio do caixa?