R$ 5 milhões para Reforma do Calçadão não resolvem arborização e Centro continua a espera de ações no corredor de ônibus na Rodrigues e contra inundação

A Prefeitura de Bauru publicou no Diário Oficial na última semana o edital para reforma do Calçadão da Batista de Carvalho ao valor de R$ 5 milhões. A licitação foi vencida pela empresa AC Melko Engenharia. A obra, conforme o edital, traz troca parcial do piso de pedra portuguesa por um tipo de cimento, em algumas quadras, faz adequações em instalações de infraestrutura em várias frentes e outras modificações, como nos arcos tradicionais nas quadras.

Esta foi a terceira licitação aberta pela Prefeitura para a obra. Uma deu deserta (ninguém fez proposta) e a outra teve a única empresa participante inabilitada. Agora, o contrato foi formalizado e a previsão é de que as obras tenham início em janeiro próximo. O edital prevê o plantio de árvores nas 7 quadras do corredor comercial e os arcos azuis serão na cor bronze. A Secretaria de Obras descreveu a instalação de boulevard, com pontos com vegetação, ao longo do Calçadão, onde estão os arcos.

O Calçadão terá piso intertravado na faixa central, considerado mais permeável, resistente e de fácil retirada para manutenções nas redes de água e esgoto do que as atuais pedras portuguesas. Nas faixas laterais será aplicado piso de concreto desempenado, pisos táteis em concreto pigmentado, além da reformulação de rampas de acessibilidade ao comércio e à rua.

GARGALOS 

Contudo, o investimento mantém sem resolver problemas crônicos do Centro de Bauru, como as inundações na região da praça Machado de Mello, deficiências de escoamento em ruas transversais e paralelas à avenida Rodrigues Alves, falta de boco de lobo em vários pontos – ou seja, drenagem muito deficiente -, ausência de plano de arborização em todo o quadrilátero Central, necessidade de remodelação do corredor de ônibus no Centro, entre outros pontos.

A ausência de fiscalização (omissão visível) em relação a ocupação irregular, sobretudo nas calçadas, com barracas improvisadas do comércio informal em diversos pontos – faz do Centro comercial de Bauru um local de paisagem feia, com muito calor (por falta de árvores) e com muitos, muitos imóveis desocupados – vários deles abandonados.

O prédio da Estação Ferroviária permanece exposto ao tempo, sem projeto para mudar seu destino, a proposta de moradias no entorno – para atração de frequentadores na região – continua incerta, sem aprovação.

Para o comércio em si e a necessidade de reocupação, atração de novos moradores, o Centro infelizmente continuará sem resolver seus principais defeitos.