Romance histórico explora a explosão da Nações durante visita de Geisel em 1976

Diego Peraçoli lança seu novo romance, “Agosto de 76”, uma narrativa inspirada na grande
explosão que destruiu a avenida Nações Unidas na década de 1970

Através de um de seus quadros, o pintor Renan Castello é transportado para a véspera de um evento oficial de grande impacto popular, a visita do general Ernesto Geisel à cidade. Coincidentemente, uma explosão está prestes a desfigurar uma importante avenida local. Correria, caos e a suposição de um ataque terrorista contra o governo ditatorial: atônito com os acontecimentos e carregando consigo um celular de última geração, Renan se torna um dos principais suspeitos.
Essa é uma breve sinopse de “Agosto de 76”, um romance cheio de viradas que une fatos reais do passado, aventura e ficção científica, numa narrativa que promete envolver até mesmo
os leitores mais jovens.

O autor, Diego Peraçoli, resgata uma passagem importante, mas pouco
conhecida, da história de Bauru, sua terra natal: uma visita de Geisel em 13 de agosto de 1976,
mesmo dia em que ocorre uma grande explosão na avenida Nações Unidas.

Explosão da Av. Nações Unidas. Imagens do Jornal da Cidade cedidas à publicação no livro

Nessa pesquisa, o autor
mergulhou em documentos e jornais da época e contou com a ajuda do professor de história Ivander Bastazini, que testemunhou o inusitado acontecimento.
Entremeada na história real, a trama ficcional do livro vai sendo revelada pelo narrador-protagonista e também pelos textos do diário que ele escreve desde a adolescência.

De personalidade introvertida e pouco sociável, Renan Castello tem uma relação conturbada com a mãe, mulher de personalidade
ácida e dissimulada, mas vê no tio um grande aliado. No meio do caminho, entre idas e vindas no tempo, ele encontra um novo amigo, com quem divide estranha semelhança.
“Agosto de 76” é meu segundo romance. O primeiro, ‘O diabo na garrafa’, lançado em 2021, teve boa
repercussão e me mostrou que um caminho para atuar na literatura estava aberto, principalmente
utilizando os recursos do romance histórico, gênero que pesquiso há anos”, diz Diego Peraçoli, que se inspirou em obras de Stephen King, Isaac Asimov e Philip K. Dick para compor sua narrativa. “Com esse novo romance, quero dar mais um passo em minha carreira de escritor”, completa.

A Nações Unidas explodiu no dia da visita do então presidente Geisel (imagem Jornal da Cidade)

O AUTOR
Diego Peraçoli nasceu em Bauru (SP), em 1996. É advogado, escritor e, desde sempre, um leitor
obstinado. Tem nas obras de grandes mestres da literatura sua fonte de inspiração.
“Agosto de 76” foi contemplado, no ano passado, pelo Programa de Estímulo à Cultura 2022 (PEC), da Secretaria de Cultura de Bauru, e será publicado pela Mireveja, editora bauruense que tem dado
destaque a autores e temas locais.

SERVIÇO

“Agosto de 76” será lançado no dia 19 de agosto (sábado), das 15h às 18h, na Casa Autoral (avenida Nossa Senhora de Fátima, 11-53, Jd. América, em Bauru).

No evento, haverá um bate-papo do autor com a historiadora Cláudia Leonor Oliveira, com participação do público, e sessão de autógrafos.

2 comentários em “Romance histórico explora a explosão da Nações durante visita de Geisel em 1976”

  1. Coaracy Antonio Domingues

    Viajei no túnel do tempo….eu estava no Departamento de Engenharia Civil da FEB-Fundação Educacional de Bauru (atual UNESP), na Rua Campos Salles onde estava Auxiliar de Ensino, Disciplina Topografia, e cursava Engenharia Civil. O Engenheiro Izidoro Schafranski Neto, Engenheiro do DAE-BAURU, onde eu estava Auxiliar de Engenheiro, chegou e me chamou para ir imediatamente com ele para a Av. Nações Unidas onde tinha ocorrido uma explosão…ao chegarmos, verdadeira “cena de guerra”, com carro em cima de laje, janelas com vidraças quebradas, coqueiros tombados, pavimentação asfáltica levantada, um caos….

  2. Livette Nunes de Carvalho

    Lembro perfeitamente desse dia.
    Meu bebê tinha apenas 25 dias de vida, era uma sexta-feira 13 de agosto “dia macabro”.
    Nossa casa era bem pertinho da explosão, precisamente na quadra 1 da rua Conselheiro Antônio Prado.
    O barulho e a poeira fizeram com que meu bebê entrasse em choque, ele tremia muito perdeu o ar e parou de respirar respirar por alguns eternos segundos.
    O mundo tremeu.
    Dentro de casa objetivos caíram, vidros de janelas quebraram dando espaço para a poeira entrar.
    Lembro perfeitamente desse dia.
    Graças a Deus essa explosão não fez vítimas fatais

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