Suéllen indica 3 mexidas na estrutura administrativa e quer priorizar ajuste na Emdurb e dívida da Cohab

Suéllen Rosim diz que tomará medidas duras na Emdurb e elenca Causa Animal, Habitação e Tecnologia nas ações estruturais

Para jornalistas não é fácil decifrar governos. Quanto mais para o cidadão que corre pela sobrevivência e não tem tempo para avaliar conteúdos em detalhes. Dizemos isso para assentar que a prefeita Suéllen Rosim (Patriota) foi eleita sob o tempero da cara nova com pitadas do slogan “arrumar a casa”. Hoje, sete meses e 10 dias após assumir o comando da maior cidade ao centro do mais poderoso Estado da Nação, apontamos para CINCO PONTOS apontados pela prefeita em relação a ações temáticas de governo e prioridades na resolução de “buracos” antigos.

Isso não significa que o governo atual se resume a 5 pontos! Evidente. Mas são cinco os que, agora, foram trazidos pela própria prefeita. Dois deles ancorados no sabido e necessário ajuste administrativo na Emdurb (o buraco do custeio operacional e financeiro) e a resolução da gigantesca dívida da Cohab. Outras três medidas são anúncios de ações de governo. A prefeita informa que prepara o caminho para criar ações e estruturas específicas para Habitação, Causa Animal e Tecnologia e Inovação.

OS SETORES

Os apontamentos são da própria prefeita, feitos em audiência pública realizada na terça-feira. Primeiro, Suéllen Rosim disse a representantes da sociedade civil que “acata” o pedido de criação de estrutura para fazer avançar a política de implementação de Tecnologia e Inovação na administração pública.

O pedido, vindo de segmentos que atuaram, desde o início do ano, na revisão das estruturas e ferramentas existentes em Informatização nas secretarias e órgãos da administração indireta – a partir de uma série de audiências públicas promovidas pelo vereador Manoel Losilla, na comissão interna do setor – foi pela criação de uma Secretaria.

Suéllen disse que a estatura de Secretaria ainda precisa ser dimensionada. Mas disse: “acato todas as sugestões apontadas pelas audiências e os segmentos. Vamos realizar nos próximos anos ações que integrem, fortaleçam e garantam a inserção de Tecnologia e Inovação além do setor que hoje existe”.

Causa animal – Na mesma audiência pública onde ouviu o pedido de criação de Secretaria de Tecnologia e Informação, a prefeita abordou que vai criar, no próximo ano, estrutura para gestão de ações na Causa Animal .

A Secretaria do Meio Ambiente (Semma) já adiantou que para assumir ações no setor precisa criar ao menos uma Diretoria (departamento). “A Causa Animal é outra demanda que vamos definir para o próximo ano, após o término das limitações de criação de despesas em função da pandemia que se encerram no final deste ano”, disse.

Habitação  – A prefeita Suéllen Rosim ainda informou que a política de habitação terá ação com estrutura própria ligada ao Gabinete. A Cohab não reúne condições jurídicas – nem financeiras – de voltar a construir. E, de outro lado, o governo municipal tem ação estagnada no segmento. 

Desde o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), no governo Rodrigo Agostinho, Bauru não tem ações de porte para reduzir o déficit habitacional. No governo Gazzetta, a administração ampliou áreas urbanas e lançou programa para conceder área (na região Noroeste) para até 1.900 moradias. Mas o programa não avançou.

Já o governo Suéllen não “tocou” o programa para pelo menos 500 casas, em convênio firmado pelo governo anterior com o Estado.

EMDURB E COHAB

A prefeita também divulgou em suas redes sociais, ontem, que a autarquização da Emdurb vai esperar e que medidas “duras, mas necessárias” serão tomadas na empresa municipal para ajustar a relação entre despesas e custeio. 

Questionada sobre o alcance dessas medidas, através da assessoria de imprensa, a prefeita disse que a proposta de autarquização pode ser retomada em etapa posterior. Contudo, conforme o governo, o déficit da Emdurb precisa ser estancado já. Para resolver a distância entre obrigações e custos operacionais, o governo terá de ir ao Judiciário contra cobranças tributárias, parcelar débitos de pelo menos R$ 10 milhões acumulados ainda de 2021 e efetuar cortes (o que inclui rever salários e cargos em chefias e diretorias).    

Na Cohab, preocupa a indefinição em relação ao início do pagamento da gigantesca dívida e o prolongamento da discussão (sem apontamento objetivo) pelo atual comando da companhia. O atual presidente, Alexandre Canova, disse, no início do ano, em audiência pública, que não assinaria acordo com a Caixa e que a composição da cobrança poderia ser questionada.

O contador (e ex-diretor administrativo e financeiro da Emdurb), Jair Vella, foi escalado por Suéllen para voltar à Cohab e dar andamento a esta pendência. Qual a saída (e a fórmula jurídica e financeira) pelo atual governo: ainda não se sabe….

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