DUAS CEIs
O relator da Comissão Temporária do caso hacker, Coronel Meira, já disse que vai pedir abertura de Comissão de Inquérito.
A ideia é aprofundar informações acerca de como teria participado o grupo político da prefeita e se há relação entre a espionagem e o entorno familiar de Suéllen.
O CONTRAPONTO revelou, com exclusividade e sob o silêncio de entidades e diferentes segmentos de Bauru, a confissão do cunhado da prefeita, Walmir Vitorelli Braga, de que contratou o criminoso de Araçatuba e pagou pelo serviço sujo contra o jornalista Nelson Itaberá. O esquema tem ainda a vereadora Estela Almagro como vítima. Até sua página do facebook foi derrubada, confessa o hacker. E há informações cruciais a serem aprofundadas.
O cunhado (e membro da direção do PSD – partido presidido por Suéllen Rosim e com articulação política direta de seu pai, Dozimar) Walmir Vitorelli pode até tentar “dourar” sua versão: mas foi pego. E pagou pelo serviço do criminoso Patrick Brito. Este último confessou e continua na Sérvia.
O inquérito é tido como o meio adequado para buscar provas, compartilhamento de documentos da Polícia Civil e da Polícia Federal e, se for necessário, quebra de sigilo telematico dos atores envolvidos nos crimes de invasão.
UNIFORME
Há possibilidade de ser solicitada também abertura da CEI dos Uniformes. A Comissão de Fiscalização, presidida por Estela Almagro, já levantou despesas com valor de itens de 76% e 90% acima do pago no ano passado. Um terceiro item (kit) também tem preço bem acima de 2023. Há, inclusive, registro de despesa bem maior de contrato de um mesmo fornecedor.
MINORIA
O governo Suéllen não tem mais como impedir abertura de CEI. Decisão judicial – a partir de reação do vereador Borgo – determina instalação com 6 assinaturas.
Pior, o momento é considerado propício para apurar. Na matemática (sem considerar acordo político), a oposição tem condições de equilibrar o controle das duas CEIs. E isso graças ao resultado da janela partidária encerrada no último sábado.
União Brasil, Novo e Podemos têm direito a uma cadeira no grupo de inquérito. Assim, terão como opção Chiara e Segalla (União), Borgo e Meira (Novo) e Lokadora e Bira (Podemos).
O governo teria a indicar pelo MDB (Markinhos e Losilla) e pelo PSD (Sardin e Afonso). O presidente Júnior não pode participar de CEI…
Mas o Republicanos está com o governo (Beto e Edson). Ou seja, 5 vagas em disputa para 5 bancadas com dois membros e uma com 3.
Mais disputa acirrada…
Qual a ordem de indicação dos membros ?… ninguém quer ficar por último para disputar a quinta vaga nas comissões…
Alguém vai dançar. Se for somar votos obtidos na eleição para a ordem de indicação… por exemplo…
VETO SALÁRIO
Além desse cenário, a prefeita vai enfrentar reação de vereadores ao veto que ela assinou contra o reajuste dos servidores do Legislativo.
A Presidência avisou que discute com Comissão de Justiça e Consultoria Jurídica o que fazer. Uma opção pode ser por o veto para votar. Mesmo tendo a pauta ‘travada’ pela concessão de esgoto. Mas… pode?
Outra possibilidade é colher assinaturas e retirar o regime de urgência. Esta opção permitiria ‘salvar’ também o reajuste da Prefeitura, DAE e Funprev, e até votar o piso do magistério e R$ 2,9 milhões da Cultura (parados no caixa desde julho de 2023 por erros do governo).
Ah! A concessão de esgoto está na pauta…
Retirar o REGIME DE URGÊNCIA é fundamental para que o LEGISLATIVO retome a sua INDEPENDÊNCIA.
Tem que instaurar CEI mesmo! Muita coisa errada ocorrendo em Bauru que são inaceitáveis, principalmente a questão do racker.