COLUNA CANDEEIRO 25092020 NELSON ITABERÁ

N. 64 Emdurb tem de parcelar R$ 7 milhões… chuva e interdição no Residencial Pinheirinho

N. 64 EMDURB TEM ATÉ R$ 7 MILHÕES A PARCELAR COM INSS…. CHUVAS E INTERDIÇÃO NO RESIDENCIAL PINHEIRINHO

 

ATÉ R$ 7 MILHÕES

Escrevemos aqui no CONTRAPONTO (no “meio” do ano) que os efeitos da pandemia sobre as contas da Emdurb atingiram 10% dos R$ 65 milhões do orçamento do ano. A projeção deve ser confirmada neste fechamento de 2020.

Conforme o diretor João Tascin, que responde pela presidência, está em andamento processo junto a Receita Federal para consolidar o parcelamento. A questão é que a lei federal que autorizou atrasar os recolhimentos de INSS (em razão da Covid) estipulou o máximo de R$ 5 milhões. Então, a Emdurb tenta aprovar o valor total, de até R$ 7 milhões.

Se a medida for rejeita, a empresa municipal terá de buscar a via judicial para acertar essa conta. Porque não há recursos em caixa para satisfazer a diferença. Ao contrário, a Emdurb, neste momento, atua para ajustar atrasos com alguns fornecedores (os maiores tiveram os pagamentos também parcelados) e ainda tem de ajeitar reserva no caixa para pagar o salário até o final do mês. Ou até o quinto dia útil de janeiro. O FGTS está pago, conforme a diretoria.

CUSTO DA COLETA?

O caixa da Emdurb para 2021, durante o governo Suéllen, só se ajusta se ocorrerem duas operações principais, de governança e gestão. Algumas medidas terão de ser de curto prazo. Senão, será repetir o impasse existente há vários governos: sucateia as estruturas e põe a diferença de “caixa” como acréscimo no Orçamento seguinte.

Já demos, como PITACO “estrutural”, que a Emdurb é o único setor do governo que, na média dos anos anteriores, sempre ampliou seu orçamento acima da inflação… uma forma artificial de ir cobrindo os buracos…

CUSTO DA COLETA: o que o governo faz neste momento é repetir a fórmula de “licitar” (caseiramente) o serviço da coleta de lixo, via Semma. Duas empresas apresentaram custo por tonelada de R$ 220,00 a R$ 240,00. Uma terceira (de pequeno porte) criou um “problemão”: apresentou cotação a R$ 120,00.

Pitaco nosso: é evidente que a cotação a R$ 120,00 é inexequível. O custo tonelada médio, para cidades do mesmo porte de Bauru, com a estrutura local de pessoal e frota exigidos, é maior. Mas também é fato que este arcaico modelo de “cotar preços” e, depois, ofertar à Emdurb a oportunidade de “fazer mais barato” não é licitar!

E a Emdurb tem privilégios fiscais que as outras não têm. Mas então por que ela não consegue reduzir seus custos e sair do sufoco? Não dá pra resumir aqui, mas, como já abordamos isso, a “conta” precisa levar em “conta” fatores como, em um único exemplo, o indigesto dissídio que aceitou jornada (tarefa) para a coleta (isso no governo Rodrigo, mantido na gestão Gazzetta).

Alternativa em curso: negociar com os coletores, junto com o sindicato, a garantia do emprego com setorização da coleta de lixo sem a história da “tarefa”. Para o turno de 7h20, a equipe que conclui a tarefa (antes) atende aos setores remanescentes maiores.

Isso tende a quebrar menos caminhão, no tempo. Porque do jeito que está, o incentivo “psicológico à equipe é “fazer correndo” pra ir embora mais cedo. Além disso, a coleta é tratada de forma setorizada e não sob o conceito do “todo”. O serviço só está cumprido se toda a cidade for coberta. As equipes são estimuladas a se ajudar, entre si.

REDUZIR DESPESA

As medidas (que tinham de ter sido adotadas lá atrás) representam, hoje, R$ 160 mil mensais, ou R$ 1,920 milhão/ano, em hora extra (R$ 140 mil/mês) e uns R$ 20 mil/mês de alimentação adicional para os acréscimos de turma.

Você não leu errado: a Emdurb paga por jornada, por “tarefa”, e mesmo com horas “sobrando” entre equipes, há custo adicional (hora extra) toda vez que uma equipe tem de “socorrer” outra. Como os caminhões velhos (10 de 15 foram substituídos só ano passado), o custo adicional proporcional com peças (Oficina) também era maior. E olha que a compra de 10 caminhões (com dinheiro da venda da folha para o Bradesco) reduziu o custo com aluguel de caminhões em quase R$ 200 mil. Imagina o rombo total sem isso.. (?).

Pitaco (previsão): como o contrato atual da coleta de lixo vence em 3 de janeiro, a “saída” que pode estar sendo encaminhada é “desafogar” o déficit com algo próximo de R$ 210,00 para o custo da coleta. Ou seja: uns 16% a mais para “embutir” o ajuste do que não foi pago em 2020… há reflexo de aumento de insumo, como diesel, pneus, em parte. Mas a medida é visivelmente para “ajuste” na caneta. Há que ser enfrentada a questão, em definitivo.

NOVIDADE NA SAÚDE

Foi realizado em 7 de dezembro último, no Hospital Unimed Bauru (HUB), a primeira embolização endovascular por acesso radial, uma técnica inovadora para tratamento de aneurisma cerebral. De acordo com o neurorradiologista Luís Henrique de Castro Afonso, responsável pelo procedimento, “a cirurgia durou cerca de 30 minutos e a paciente teve uma excelente recuperação, com alta em 12 horas, e com apenas um curativo no punho”.
A cirurgia de aneurismas cerebrais por técnica endovascular é uma estratégia conhecida e validada, utilizada no mundo todo há mais de 20 anos. No Hospital Unimed Bauru é realizada há cerca de 10 anos.

A diferença é que antes era feita pela coxa do paciente. “Essa nova via de acesso pelo antebraço tem sido usada pelos cardiologistas desde os anos 2000 e agora começamos a usá-la também em tratamentos de lesões cerebrais. Antes isso não era possível porque precisávamos de material adequado para o procedimento”, explicou o médico.
Como é feita a embolização?
O paciente recebe anestesia e um cateter é introduzido na artéria radial que fica no antebraço, direcionado ao crânio. No aneurisma são colocadas pequenas molas de platina (coils), fechando-o por dentro sem precisar abrir o crânio por cirurgia.
Para o paciente, a vantagem é menor risco de sangramento e maior conforto, pois poderá repousar sentado e também andar em poucas horas após a cirurgia. Como o procedimento é rápido – em média dura 1 hora – e o paciente geralmente tem boa recuperação, a alta hospitalar pode ocorrer no mesmo dia.

Equipe Unimed Embolização radial

Médico Luís Henrique de Castro Afonso (direita) e equipe: Elisângela Jorge, Tânia Marquez, Eliane de Lima, Marlei Santos, Amanda Afonso, Andréia Silvestrini e Silvana Giraldi.

CONVÊNIOS EDUCAÇÃO

A Prefeitura informa a assinatura dos Termos de Colaboração para a continuidade do atendimento de crianças, jovens e adultos na Educação Infantil e na Educação Especial para o ano de 2021 por 29 Organizações da Sociedade Civil (OSCs) na Educação Infantil, com atendimento de  3.420 alunos com idade de 04 meses a 05 anos e 11 meses. O total dos contratos é de R$13.864.716,50.
Na Educação Especial, são mais R$ 6.939.739,44 para 1.537 alunos com deficiências e necessidades educacionais especiais, atendidos em 4 OSCs. O Município atende a quase 10 mil alunos da Educação Infantil.

DEMOLIÇÃO DA ESCOLA

O prefeito Gazzetta começou sua gestão com o símbolo da marreta. A foto acabou marcando o início de 2017, com ele com o “equipamento” em mãos, prometendo derrubar o prédio do Pronto-Socorro e construir outro. A ideia de marketing era posicionar o novo.

Foi convencido, tecnicamente, de que a marretada (sem garantir atendimento de Urgência seguro em outro local) seria apostar em problemas.

Curiosamente, ou não, o prefeito chega aos últimos dias de sua gestão com uma demolição histórica, mas na área de Educação.

A Prefeitura de Bauru começou nesta quarta-feira (16/12), a demolição da antiga estrutura do prédio, inacabado desde 2002, da escola municipal Vera Lúcia Pereira Arlindo, no Núcleo Isaura Pitta Garms.

Demolição da estrutura da obra, parada desde 2002. (divulgação Prefeitura).

SEM PROJETO EXECUTIVO 

No mesmo local, ocupando uma área de 9.165,23m², o município prevê a construção de duas escolas (infantil e fundamental) e um Centro do Idoso. A EMEII está prevista para abrigar 180 crianças, com idade entre 4 meses e cinco anos. A EMEF é para 300 alunos que, com o Centro do Idoso, teriam área construída total de 4.812,63 m2.

A ideia está ai. O desenho arquitetônico também. Mas falta o projeto executivo e a licitação. O governo atual diz que a unidade que integra turmas e ações custará pelo menos R$ 14 milhões, mas ainda não contratou o projeto.

A proposta de pensar complexos de Educação fisicamente juntos, em uma mesma área, traz à discussão pontos como unificação, .logística, mobilidade e proximidade regionalizada com a demanda. Questões que serão apreciadas pelo novo governo.

Memória: durante o governo Tuga, a construção de unidades educacionais maiores, integradas, também foi concebido. Um dos projetos foi projetado para o Jardim Progresso, por exemplo. Mas não houve sequência.

TEMPORAL DE DEZEMBRO 

Casas alagadas, pontos comerciais com invasão de lama, queda de árvores em diferentes pontos da cidade, capotamentos de veículos durante a tromba d´água, risco de afogamento com alagamentos nos conhecidos pontos críticos, destruição de pavimentação, guias e sarjetas, em pontos como ao longo da Av. Nações Unidas, e mais buracos como subproduto de infiltrações, antigos problemas de drenagem e tubulações com avarias não resolvidos…

A chuva de dezembro veio, como em todo dezembro. E, daqui até pelo menos fevereiro, outras estão por vir. É o ciclo da temporada das chuvas. O vídeo (Alagamento Nações 16122020) é ilustração, repetida até, do enorme volume de águas que “escoa” sobre a via pública no “corredor” da Nações, assim com provoca alagamentos em outros pontos cidade…

INTERDIÇÃO EM 9 CASAS

No Residencial Pinheirinhos, objeto de matéria exclusiva do CONTRAPONTO levantando as principais erosões com maior risco na cidade, as coisas pioraram com a chuva. A Defesa Civil interditou parcialmente, neste 16/12/2020, o local, delimitando uma área de 4 metros a partir de 9 casas identificadas com maiores problemas pela proximidade com a erosão que há anos está do lado de fora do muro.

Como noticiamos (veja matéria https://contraponto.digital/erosoes-problema-antigo-desafio-do-novo-governo/), a Secretaria de Obras realizou contenção no local, em cumprimento da decisão judicial.

Mas, conforme posição do responsável pela Defesa Civil, engenheiro Sérgio Natividade, o  volume de águas que entra pelas proximidades é considerável. E a solução no local exige, pelas contas da Secretaria de Obras, uns R$ 6 milhões… Não há verba no Orçamento pra isso.

O que não foi nada razoável é que os moradores estão tentando entender o significado da interdição parcial. Um comunicado foi deixado com o síndico.

A foto dos moradores tentando fazer o escoamento de água dá indicação da insegurança que vivem:

COMBUSTÍVEL 

A Prefeitura está correndo o risco de sofrer desabastecimento de combustível para a frota. O impasse, porém, persiste há pelo menos 3 semanas. É que a precificação não segue mais tabela ANP (Agência Nacional de Petróleo). Com isso, e a alta dos preços em andamento, o fornecedor pediu reequilíbrio do contrato.

Embora haja entendimento de que o ajuste seria o caminho, a questão precisa ser resolvida, do Jurídico até a assinatura da recomposição, se houver. O que não dá é manter a situação como está…

VELHA GUARDA

Os servidores, na maioria da lista vinda da eleição, optaram por novos nomes para compor os conselhos da Funprev. Já o prefeito Gazzetta atendeu a velha guarda, mantendo o revezamento entre antigos aliados (como indicados pelo Executivo) para a fundação.

A operação estava tão certa no bastidor para vários dos nomes que Donizete do Carmo, por exemplo, já contatava conselheiros para pleitear seu eventual retorno à presidência da Funprev.

Entre os escolhidos pelo prefeito e os eleitos pela categoria estão:

CONSELHO CURADOR – MEMBROS TITULARES

Eleitos pelos servidores:

Ana Lígia Correa da Conceição, Administrador de Banco de Dados Finanças
José Aparecido dos Santos, Técnico de Administração – Aposentado Semel
José Ricardo Ortolani, Fiscal de Sistemas Hidráulicos Dae

Escolhidos pelo prefeito:

David José Françoso, Analista de Desenvolvimento de Sistemas Finanças
Sérgio Ricardo Correa Alberto, Economista Finanças
Donizete do Carmo dos Santos, Técnico de Administração Administração

CONSELHO FISCAL – MEMBROS TITULARES
Eleitos pelos servidores:
Cristiane Nunes Pereira dos Santos. Diretora de Escola de Educação Infantil Educação
Lucas Chasseraux Tauil, Analista de Desenvolvimento de Sistemas Finanças
Soraya de Goes, Diretora Escola de Educação Infantil  – Aposentada

Escolhidos pelo prefeito:

Eros Blattner Júnior, Técnico de Administração – Aposentado
Elson Reis, Agente Cultural Cultura

Rubens de Souza, Câmara Municipal

PROCESSANTE

Como aventado (diante da visível impossibilidade de cumprir o calendário até o dia 31 de dezembro próximo e votar), a relatoria da Comissão Processante (CP) adiantou que não haverá tempo para concluir as oitivas, aguardar 5 dias para as defesas finais de Sandro Bussola, Fábio Manfrinato e prefeito Gazzetta para, em seguida, ainda submeter o relatário a eventual votação em plenário.

EQUIPE SUÉLLEN

Enquanto continuam as especulações (e sondagens, claro) em torno de nomes para o primeiro escalão, a prefeita eleita Suéllen Rosim disse hoje ao CONTRAPONTO que apresenta os nomes do secretariado na segunda-feira. Ela disse que restam confirmações para algumas áreas, embora poucas.

Suéllen confirmou que a remuneração para assumir tamanha responsabilidade (como secretário) é um obstáculo. Ela comentou que está contornando a questão com a seguinte abordagem: “Estou sendo muito realista no diálogo. A partir do perfil técnico e com capacidade de liderança tenho sido objetiva em perguntar se o (a) convidado (a) está à disposição para muitos desafios. Porque considero que é sim uma missão”.

PRESENÇA DA MÃE

A prefeita eleita também abordou a presença materna em sua agenda também durante as reuniões técnicas da transição do governo. A relação entre Suéllen e a mãe vai além do vínculo familiar. Solteira, jovem, Suéllen disse que não anda sozinha em nenhuma hipótese e que a mãe é sua aliada de primeira hora.

A prefeita eleita comentou que a mãe enfrenta o cansaço pela caminhada durante toda a campanha a seu lado e que precisa “garantir seu descanso, mesmo sendo de minha extrema confiança”. A legislação impede nomeação para função pública da mãe, ainda que participação informal. Suéllen citou que ela deverá atuar junto ao Fundo de Solidariedade. 

2 comentários em “N. 64 Emdurb tem de parcelar R$ 7 milhões… chuva e interdição no Residencial Pinheirinho”

  1. Michela Bertizoli Maurício

    Sou funcionária pública municipal da educação, moradora do Condomínio Residencial Pinheiros e nascida em Bauru.
    O que estou vendo é o total descaso da prefeitura para com tudo em Bauru.
    Minha escola, nas chuvas do dia 01/12 teve salas parcialmente destelhadas e continua assim até hoje.
    A escola sofreu vandalismo, tendo vários vidros quebrados e até agora por parte da prefeitura não foi feito nenhum reparo, tanto no telhado quanto dos vidros e a escola não tem como repor os vidros pois durante a pandemia os pais não fizeram o pagamento das APM.
    Nós moradores do Condomínio Residencial Pinheiros não entendemos essa interdição parcial, ontem 16/12 durante a interdição nenhum dos moradores e proprietários foram procurados pela defesa civil e ninguém recebeu uma proposta de ajuda até agora, estamos todos atônitos.
    Nessa erosão até agora só foram dados tratamentos paliativos que a cada chuva só pioram a erosão colocando os nossos imóveis mais em risco ainda.
    Todas as casas no condomínio foram financiadas e muitos ainda pagam o financiamento com muito esforço e suor.
    Nas eleições passadas os candidatos a vereadores e prefeito vieram até aqui pedir votos e relatamos a todos o problema da erosão e o que recebemos em troca: descaso e costas viradas a nós.
    Com relação aos funcionários da prefeitura municipal, num geral os nossos equipamentos de trabalho inclusive os prédios escolares estão sucateados, com problemas hidráulicos, goteiras, falta de material para trabalhar, portas com defeito correndo no risco de machucar alunos, professores e funcionários.
    Total desgovernança dos nossos governantes.

  2. E a prefeitura tem dificuldade em aplicar os 25% da receita tributaria (inclusive transferencias) na Educação.
    Não por falta de dinheiro, mas por falta de gestão.
    Final do ano passado foi um sufoco. Compraram-se 8 onibus, falou-se em comprar o prédio de uma escola desativada, também do prédio
    -sede da Secretaria. O gasto teria sido alcançado com o percentual de 25,01%. Ufa !!
    E quantas crianças na fila de espera de vaga nas creches ?

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