O Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal confirmaram que os três denunciados pelo MP-SP como responsáveis pela morte de um advogado em Bariri irão a júri popular.
Os réus, que trabalhavam como segurança no Clube Umuarama durante o Carnaval de 2020 e espancaram a vítima, haviam recorrido da sentença de pronúncia, mas as Cortes rejeitaram os pedidos apresentados pela defesa.
De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Nelson Aparecido Febraio Junior, o advogado se desentendeu com a ex-companheira durante o evento e acabou sendo brutalmente imobilizado pelos três denunciados. Em seguida, a vítima foi levada para fora do clube, onde acabou sendo agredida com dezenas de socos e chutes apesar de não conseguir reagir em virtude de seu estado de embriaguez. O advogado sofreu golpes inclusive na região da cabeça, o que causou traumatismo cranioencefálico.
Febraio Junior alega que os responsáveis pelo crime “somente interromperam as agressões quando a vítima, já inconsciente, caiu ao solo, momento em que, portanto, já tinham realizado todos os atos executórios necessários e suscetíveis para causar a morte”.
Trata-se de dolo direto, onde se vê que os agentes quiseram o resultado, devendo o caso ser apreciado pelo Tribunal do Juri.