Publicitário de Bauru está na maior premiação do meio digital do mundo e vai a Cannes

Músico e publicitário em Bauru, Fred Breslau estará em Nova York em 15 de maio e em Cannes no meio deste ano

Músico em Bauru, e criador de agência publicitária por aqui, Fred Breslau embarcou no desafio de conviver com o temperamento sisudo de parte dos alemães. Mas criatividade e ousadia fazem diferença. Diretor de criação da agência japonesa Dentsu, o bauruense estará em Nova York no próximo 15 de maio para receber a maior premiação do meio digital do mundo.

Depois da Web Awards, Breslau estará no Festival Internacional de Publicidade de Cannes, na França. No meio do ano. Na semana passada, lançou o projeto Devenier em Zurique, no Festival de Comunicação Digital realizado na Suiça.

Também está na agenda, ainda deste mês de maio, evento do mesmo porte em Hamburgo. Todas essas agendas têm relação com o Devenier.

O projeto utiliza sensores que leem ondas cerebrais que se conectam a videogames controlados pelo pensanento. 

Breslau conta que o projeto não reinventou a roda. Mas a fez “voar”. “Desenvolvi com minha equipe o dispositivo utilizado no meio clínico, como para epilepsia, por exemplo, para o mundo virtual. A ferramenta tem tecnologia compatível com videogames. Conseguimos esta interface, conexão, com bom desenvolvimento sob o controle do pensamento”, conta.

O sistema reconhece emoções, sensações.  O dispositivo (foto) capta.

E este avanço no uso do sistema, a partir de dispositivo acoplado a cabeça, abre outras janelas para o “futuro do presente” no universo dos games. “Os testes mostraram ótimos resultados e abre perspectivas para interagir com o computador. Imagine se conseguirmos que um cadeirante possa controlar o equipamento com o uso somente do pensamento”, amplia.

Breslau está sediado na cidade alemã de Munique. De lá, conversa com profissionais de vários países que compõem a equipe da Dentsu que dirige. “Eu pensei usos do dispositivo porque hoje os gamers precisam digitar uma expressão ao longo do jogo para obter a ‘reação’ que precisam. Discutimos a ideia de que se esse controle puder ser feito direto a partir do cérebro podemos avançar no uso e na criação de cenários, mundos imaginários digitais. Ir ao horizonte da percepção dos personagens. Manifestar pelo sensor se ele estiver nervoso, bravo, alegre”, comenta.

Ah… a Dentsu é a maior agência de publicidade do mundo.

Como o bauruense também é músico, conversamos sobre como seria fantástico aplicar, quem sabe, o sistema para testar a “tradução” de insights musicais (o processo cerebral de criação de canções – letra e melodia).

Se o dispositivo faz a leitura de ondas cerebrais e, com isso, consegue controlar videogames também pode ser que gerencie a construção de composições…

Mas não pense que o Devenier está na onda da robotização da inteligência artificial (IA). Na verdade é o inverso. O sistema tem ainda mais “valor” quando se observa que potencializa a capacidade humana. Amplifica o uso do pensar para controlar meios ou sistemas. Nada de produzir pacote fechado de plágios robotizados como na IA..

Ah… especialistas apontam que a música seria a única atividade que “movimenta” ou exige a conexão entre os dois hemisférios do cérebro. A sinapse é genial, pela música. Então que o músico Fred Breslau avance em sua sinfonia na japonesa Dentsus.

NOME

Por que Devenier? O nome soou bem para batizar produto onde quem o usa “se torna” dono do game pelo pensamento. A expressão literal, conta o bauruense, é complicada. Mas cai bem entre consumidores que dominam o franco, na Aústria, Alemanha e Suíça, onde ele foi lançado.

 

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