Compra de materiais e uniformes da Educação atrasa e laudo da Vigilância fala em interdição da escola no St. Luzia

O ano letivo em Bauru começa com atraso na entrega de materiais escolares e uniformes. A opção pela aquisição de cerca de 23 mil kits prontos, com todos os itens, gerou recurso e atrasou a licitação.

Outra dificuldade enfrentada pelo Município neste ano é no cronograma e abrangência da capinação nas pouco mais de 90 escolas. A empresa anterior não tinha equipes para dar conta da demanda. Agora, a Secretaria de Educação passou a exigir mais equipes e aumentou o número de serviços por escola por mês.

O Coletivo Educação levantou deficiências em limpeza em diversas unidades. E também apontou a falta de uniformes e material escolar no início deste ano letivo.

Em nota, a Secretaria de Educação confirma o atraso nos processos de compra. “A Secretaria da Educação informa que a assinatura do contrato com vencedora da licitação responsável pelo fornecimento dos uniformes está em fase final, com previsão de entrega para o início de março. Em relação aos materiais escolares, parte já foi entregue nas escolas, e o restante está em fase final de licitação para contratação.”

A compra de materiais em kits foi opção para facilitar distribuição, ao invés de ter de montar em pacotes de milhares agrupando itens. Porém, a concentração permite recurso em 1 item específico, atrasando o processo inteiro. No caso dos uniformes, não se sabe a razão do atraso.

 

LAUDO DA VIGILÂNCIA INDICA INTERDIÇÃO DA ESCOLA SANTA LUZIA, MAS GOVERNO REJEITA

 

As vereadoras Estela Almagro e Iara Costa (foto) apresentam laudo da Vigilância Sanitária do Município que elenca uma série de itens que exigem intervenção na Escola do Santa Luzia (EMEI Dirce Boemer), escolhida pela Educação para receber os alunos do Parque das Nações em razão de reforma na escola Guedes de Azevedo, comprada em 2021 e para onde  estavam sendo levados de forma provisória.

As parlamentares também realizaram vistoria na unidade. O laudo da Vigilância Ssnitária descreve inúmeros problemas com higiene, manutenção, infestação de fezes que seriam de ratos, vazamento, infiltrações. Também foi identificado acúmulo de escrementos e ninhos de maritacas no forro.

O laudo é extenso e sugere interdição do espaço até os ajustes. Mas o governo descarta e optou por medidas mais urgentes, mantendo as aulas no local.

PROBLEMAS

Conforme o relatório de fiscalização, há indicação de infestação de roedores em  duas salas de aula: a sala 3, do 5.º ano A e C e a sala 9.
A primeira “conta com armário com materiais pedagógicos, possui forro em madeira que se apresentava muito danificado, o ventilador não estava funcionando e havia resíduos semelhantes a fezes de roedores espalhados sobre o piso”.

Outros locais estavam “limpos e em condições satisfatórias”, descreve a fiscalização. “Contudo, devido à constatação de grande quantidade de resíduos semelhantes a fezes de roedores espalhados sobre o piso nas salas 3 e 9, esta Vigilância sugere que as aulas estejam suspensas até que sejam providenciadas a limpeza e desinfecção destes ambientes e realizada investigação e eliminação deste foco, adequando imediatamente quanto as pendências descritas neste relatório”, descreve o documento.

Como em inúmeras outras escolas, o forro está danificado em praticamente todos as salas. Vebtilador: funciona em apenas duas salas de aula – o restante ou está quebrado ou em condições precárias. Na área externa, segundo o laudo da Vigilância, há problemas com acessibilidade das pessoas com deficiência (PCD) e mato alto.

 

 

 

 

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