As debêntures são títulos de dívida emitido por empresas que visam captar dinheiro para financiar suas atividades, oferecendo em troca um direito de crédito ao investidor, de médio a longo prazo. Assim como os outros ativos de Renda Fixa, as debêntures podem ser prefixadas, pós-fixadas ou híbridas, como explicado no capítulo 2 de nossa série, porém com a possibilidade de alcançar rentabilidades muito maiores, pois o risco também é maior, já que a operação não é garantida pelo FGC.
As debêntures são emitidas por Sociedades Anônimas (SA), podendo ser de capital aberto ou fechado. Elas funcionam como uma forma das empresas captarem recursos pagando menos juros que em um empréstimo bancário, ao mesmo tempo que para o investidor é possível ter rendimentos acima do projetado para investimentos em títulos públicos. Dentre as debêntures existem três tipos, as simples, as conversíveis e as incentivadas, a seguir, vamos entender as diferenças e peculiaridades de cada uma delas.
Simples:
As debêntures simples, também conhecidas como não conversíveis, são o tipo mais básico e mais comum desta modalidade de investimento, elas podem ter os três tipos de rendimento explicitados no início do episódio de hoje, além do pagamento de juros, conforme o acordado. Além disso, o investimento não pode ser conversível em ações da companhia emissora.
Conversíveis:
Assim como as simples, as debêntures conversíveis possuem as mesmas características, porém com uma diferença, elas podem ser conversíveis em ações da companhia emissora, em troca do crédito, porém a escolha fica totalmente a critério do credor.
Incentivadas:
Assim como as duas explicitadas nos tópicos anteriores, as incentivadas podem ter as mesmas características, porém elas possuem o benefício da isenção fiscal, pois a maioria delas é feita para o financiamento de projetos de infraestrutura. Os projetos têm a ver com segmentos que vão desenvolver a economia, como por exemplo construção de portos e aeroportos, transmissão de energia, melhoria de rodovias, ferrovias, logística e saneamento básico.
Quais os riscos de uma debênture:
O principal ponto de atenção é no risco de crédito da empresa emissora, assim como foi falado anteriormente, esta modalidade não é garantida pelo FGC, ou seja, se o emissor não conseguir honrar seus compromissos, o debenturista pode ficar sem seu dinheiro, sendo o último a ser priorizado nos pagamentos.
Outro fator de risco é a Liquidez, como o ativo não é negociado em Bolsa, não há um mercado com os preços de referência, sendo assim, fica difícil precificar o ativo, podendo ser negociados por valores divergentes do que realmente seria um preço justo.
A principal maneira de evitar esse risco é investindo em fundos de debêntures, pois assim é possível ter acesso a vários ativos ao mesmo tempo, diminuindo sua concentração. Além do fato de ter um gestor que irá selecionar os papéis que considerar de melhor potencial de rentabilidade com o risco aceitável.
Vamos Juntos?
Lucas Strutz Haguiara.
Se você perdeu o episódio anterior é só acessar pelo link abaixo:
- Desvendando a Renda Fixa — primeiros passos
- Desvendando a renda fixa - Quais os tipos de investimentos
- Desvendando a Renda Fixa – Principais indexadores para investir em Renda Fixa
- Desvendando a Renda Fixa – Quais as Vantagens de se investir em Renda Fixa
- Desvendando a Renda Fixa – Prazos existentes nos investimento
- Desvendando a Renda Fixa – Quão seguro é investir em Renda Fixa?
- Desvendando a Renda Fixa – A Poupança
- Desvendando a Renda Fixa – Bancárias
- Desvendando a Renda Fixa – Títulos públicos
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