Outros ativos de Renda Variável: Produtos Estruturados – Trava de Baixa

Olá, queridos leitores! Hoje damos continuidade a nossa série e iremos falar sobre outro produto estruturado, semelhante a trava de alta: a trava de baixa

A trava de baixa, ou Put Spread, é uma operação estruturada na qual o investidor acredita na baixa da ação e seu objetivo é gerar um lucro limitado.

Assim como a trava de alta, a operação de trava de baixa estipula previamente a perda máxima na operação, que corresponde ao prêmio final.

Para estruturar essa operação, o investidor deve comprar uma put in the money (ou seja, com preço de exercício mais alto) e vender uma put out of the money (ou seja, com preço de exercício mais baixo), ambas com a mesma data de vencimento.

Com essas duas opções, o possível prejuízo total do investidor é a diferença entre o prêmio pago (pela compra de put) e o recebido (pela venda de put), chamado de “prêmio final”. 

Vamos utilizar um exemplo disponibilizado pela XP Investimentos, para o melhor entendimento da operação:

Supondo que um investidor acredite na baixa da ação XYZ em até 20%, porém não gostaria de limitar seu ganho no caso de alta. Ele adquire então uma Put B de XYZ com strike 10, pelo preço de R$1,00 e vende uma Put A com strike 8, pelo preço de R$0,40.

O preço inicial da ação é R$10,00 e o prêmio final pago é R$0,60. Abaixo temos um gráfico e uma tabela, também disponibilizados pela XP, que explicam o funcionamento da operação:

Gráfico – Material XP

 

Tabela – Material XP

 

Como podemos ver, o prejuízo máximo do investidor é o prêmio final, que é de R$0,60/ação. Caso o ativo se desvalorize e o investidor seja exercido na sua venda de put, ele atinge o seu lucro máximo, que é de R$1,40/ação. Esse lucro máximo é calculado pela diferença entre o strike da Put B e o strike da Put A, menos o prêmio final.

Um jeito interessante de se pensar as estruturas de opção é a relação prejuízo X lucro. No exemplo, temos lucro máximo de R$1,40 e prejuízo máximo de R$0,60. Dividindo um pelo outro, temos uma relação de 2,3 para 1. Ou seja, para cada 1 centavo de prejuízo possível, tenho 2,3 centavos de lucro possível.

Com isso, chegamos ao fim de mais um episódio. No próximo episódio falaremos sobre a operação chamada de borboleta. Fiquem ligados!

 

Matheus Assunção.

 

Se você perdeu os episódios anteriores é só acessar pelo link abaixo:

 

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